O investimento financeiro é fundamental para melhorar ou ampliar qualquer negócio, independentemente do seu ramo de atuação. Apesar disso, as micro e pequenas empresas ainda custam a acessar as linhas de crédito junto às instituições financeiras com facilidade. A recente crise econômica tornou, obviamente, tudo mais difícil, já que boa parte dos bancos tende a facilitar o empréstimo para as grandes organizações – mais sólidas e, consequentemente, mais seguras – por medo de calote.
Além disso, as condições atuais para a obtenção de crédito estão mais rigorosas, o que exige um maior cuidado do microempresário do setor para não cair em armadilhas. Segundo o diretor do Departamento de Micro, Pequena e Média Indústria da Fiesp, Claudio Luiz Mequelim, o sistema para adquirir crédito mudou muito nos últimos anos.
“Antigamente, 80% do financiamento dependia do gerente do banco. Hoje, é o contrário, os gerentes não têm mais autonomia, os bancos estão mais seletivos e, por isso, o que dependia desse profissional, atualmente, depende mais da empresa”, explica.
Portanto, veja, a seguir, o que considerar na hora de solicitar o financiamento para a sua empresa de comunicação visual.
Identificar a necessidade de crédito
Ter claro qual o valor do financiamento e qual será a finalidade do recurso pretendido (compra de máquinas, equipamentos, matéria-prima, aumento da estrutura física, etc.).
Buscar informações e escolher a linha de crédito e a instituição financeira
Cláudio Mequelin ressalta que, antes de procurar um banco, o empresário deve buscar auxílio, seja do Sebrae ou da Federação das Indústrias do seu estado. “O empresário da indústria de pequeno porte precisa encontrar o tipo de linha de crédito que se enquadre com a sua realidade. Há linhas da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil com juros mais baixos, por isso, é importante buscar as duas instituições para ver as possibilidades disponíveis no mercado”, recomenda.
Ele exemplifica a questão citando o caso de um programa lançado pelo Governo Federal. “O PROGEREN, que oferece uma linha de crédito mais atrativa, sob a condição da manutenção dos empregos. Por isso, é importante avaliar e escolher a receita de bolo que garanta que, ao final, ele seja feito direito”, salienta. Em relação aos bancos privados, não há muita diferenciação, pois alguns também oferecem benefícios semelhantes por terem programas do governo.
De acordo com um recente estudo da CNI, 60% das indústrias não realizaram os investimentos que tinham planejado para 2016, 39% delas alegaram o custo e a dificuldade de financiamento como justificativa. Para evitar essa situação, mantenha a documentação atualizada, escolha a linha de crédito adequada para a sua indústria e tenha um bom plano de negócios. Assim, ficará mais fácil encurtar o caminho até o financiamento e expandir os seus negócios.
Atualizar cadastro e documentação
Segundo Mequelim, manter a situação cadastral da sua empresa no banco sempre em ordem também é fundamental. “A pequena indústria tem de ter toda a documentação atualizada no banco. Se não estiver tudo organizado, ela não conseguirá o crédito”, enfatiza.
No que diz respeito aos documentos, não se pode descuidar dos cadastros (da empresa, dos bens da empresa e dos sócios), do balanço e da declaração de Imposto de Renda dos últimos três anos de todos os sócios, da demonstração de resultados de exercício do mesmo período já citado e de certidões negativas.
Demonstrar a viabilidade do seu projeto em um plano de negócios
Algo muito importante que a empresa precisa fazer ao requisitar um financiamento é desenvolver ou atualizar o seu plano de negócios. É preciso mostrar para o banco que o projeto para o qual está sendo solicitado o aporte financeiro é viável. E, para isso, é importante incluir no planejamento o orçamento financeiro da empresa e, quando possível, os relatórios gerenciais e contábeis do negócio.
Seu plano pode ser desenvolvido por uma ferramenta da própria instituição financeira, por exemplo. O Sebrae também possui diversos guias e ferramentas para ajudá-lo nessa tarefa.
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