O primeiro dia de palestras do Fórum FuturePrint reúne profissionais de diversos setores para discutir o futuro do mercado. Na segunda apresentação do dia, Nilton Tscherne, do Portal Sublimático, reuniu dicas e exemplos de como aplicar a criatividade na sublimação de camisetas. “Precisamos aprender a olhar as coisas de forma diferente”, comentou.
De acordo com Tscherne, é necessário compreender que sublimação é um processo, não um negócio. “Negócio é fazer a sublimação render algo. Isso exige autoconhecimento, repertório e coragem”, ponderou. “Vocês querem participar do passado, jogar com o presente ou se preparar para o futuro?”, provocou.
Combinatividade e criatividade
Através de exemplos práticos, Tscherne ilustrou que é possível fazer sublimação sem impressoras, computadores e softwares. Agregando um relato pessoal com sua própria jornada criativa, o palestrante defendeu que a habilidade de criar é indispensável para se manter relevante no mercado do futuro. “Criatividade é imaginação aplicada”, apontou.
“O processo criativo exige autoconhecimento. É preciso ter como base o seu próprio repertório para, a partir dele, criar algo”, disse. Para ele, sem criatividade não é possível ter sucesso no mercado de sublimação de camisetas.
Dicas práticas para aplicar a criatividade na sublimação
O palestrante dividiu com os presentes seu processo de criação da marca de camisetas “Minha”. O processo envolveu reutilização de resíduos, materiais não convencionais e testes diversos – abrindo mão de impressoras, computadores e softwares. “A impressão feita por máquinas já acontece, isso já é o presente. Para se preparar para o futuro, é preciso ir além. Mais do que seguir tendências, é hora de criar tendências”, defendeu.
Utilizando principalmente resíduos de tinta sublimática, Tscherne utilizou carimbos, canetas, buchas, xilogravura e até mesmo folhas naturais como bases para as estampas da linha de camisetas. Foram 13 dias de imersão em um processo criativo que resultou em peças piloto e insights sobre reuso e reaprendizado. “A revolução industrial da escalabilidade já passou. É momento de personalizar, criar peças únicas, customizadas. Não é preciso escalonar. Estamos falando de valor, de peças únicas, exclusivas”, relatou. “Se não começarmos a pensar em formas de reutilizar as coisas e ressignificá-las, estamos encrencados”, concluiu.