Principal método utilizado para a impressão no mercado têxtil, a sublimação carrega consigo a condição de imprimir apenas em tecidos brancos e com base de poliéster. Ou seja, o algodão – material amplamente utilizado na confecção de roupas e na impressão de estampas – , quando submetido ao processo sublimático, apresenta baixa densidade de cor e dificuldades de fixação. Isso ocorre não somente devido às características das fibras do algodão, mas também pelos diversos tratamentos que o algodão recebe para ficar branco e macio.
Hoje, contudo, o problema vem sendo contornado pelo processo de impressão direta, que, de acordo com Felipe Simeoni, da Global Química & Moda, já representa cerca de 30% do que é impresso no segmento têxtil.
Confira, a seguir, mais detalhes sobre a técnica.
Como a impressão direta em tecido deve ser realizada
Como o próprio nome já diz, a impressão direta em tecido dá ao profissional a possibilidade de imprimir sobre o tecido sem a necessidade do intermédio de um substrato. Ainda assim, é possível realizá-la com ou sem a sublimação.
Quando falamos da impressão direta com sublimação, o processo é idêntico ao sistema tradicional. A tinta é depositada diretamente sobre o tecido que, por sua vez, passa por um forno, no qual é submetido à ação de uma prensa ou calandra.
Já no caso da impressão direta sem sublimação, a tinta é depositada diretamente sobre o tecido (normalmente o algodão).
Neste caso, temos duas possibilidades mais usuais: a impressão com tinta à base de pigmento e a impressão com corante reativo. O processo realizado com a tinta pigmentada é mais simples do que o com corante reativo. No entanto, o seu custo é mais alto “devido ao valor da tinta e à necessidade de usar mais mililitros por m² para chegar à cor desejada”, acrescenta Felipe.
Porém, em relação à qualidade de impressão, as cores proporcionadas pela tinta com pigmento são menos intensas do que as proporcionadas pelo corante reativo.
Vantagens e desvantagens do processo
A impressão direta em tecido de algodão é muito vantajosa para quem deseja focar ou intensificar a atuação no mercado têxtil. Após o período de implantação, o processo permite criar estampas exclusivas, altamente personalizadas e de alta qualidade.
Além disso, a impressão direta facilita a produção de volumes maiores, como coleções inteiras para a próxima estação de uma marca, tornando esse tipo de trabalho mais eficiente e menos custoso.
Quando falamos de produções menores ou de baixo conhecimento no segmento têxtil, no entanto, o processo tradicional acaba sendo mais compensatório.
A impressão direta em tecido demanda experiência e abertura para adaptar o maquinário e a forma de produção. Por isso, trata-se de um investimento que deve pensado a longo prazo, de acordo com os mercados nos quais a empresa deseja atuar.
Adotá-lo sem planejamento, ou apenas para acompanhar uma tendência, pode causar o efeito contrário e aumentar os custos do seu negócio.
Quer saber mais detalhes sobre a impressão direta em tecidos? Continue acompanhando o nosso canal de conteúdo e até a próxima!