Em um mercado em que um terço dos produtos não é vendido e é simplesmente descartado, as empresas estão entendendo – ainda que com dificuldade – que é hora de praticar sustentabilidade e economia circular. Seja para atender as demandas dos consumidores, seja para produzir melhor aquilo que é realmente necessário. “É uma das maiores revoluções no setor têxtil”, afirma o sócio da Gherzi, Laurent Aucounturier. “Geralmente seguimos a linha ‘design-desenvolvimento-produz-vende-entrega’, mas na verdade nós vendemos antes de produzir”, completa.

Para o gerente de planejamento de demanda/estoques da Companhia Hering, Aureo Charles da Cunha, está acontecendo uma quebra de paradigma para fazer com que o processo de produção-entrega-venda seja integrado no tempo certo, para que a logística entregue o produto no dia certo, para que o lojista receba corretamente; “casar a cadeia é um desafio constante. Queremos dar opção ao mesmo tempo variedade demais atrapalha mais do que ajuda”, explica o gerente.

Segundo a estilista inglesa responsável pelo visual das principais bandas punk e new wave britânicas, Vivienne Westwood, as pessoas estão comprando roupas demais. Assim, hoje há um movimento para comprar menos, escolher melhor com foco em qualidade e não quantidade.

Com essa mudança para produzir aquilo que vende mais e melhor, entra em jogo a economia circular (conceito que reúne ações a fim de prolongar a vida útil de produtos e materiais, fazendo uso mais eficiente de recursos naturais); – “algo que não para se fazer sozinho, depende de todos os elos da cadeia”, afirma a fundadora do Exchange 4 change, Beatriz Luz. Opinião compartilhada por Döndü Ünal Haktar, diretora do departamento de gerenciamento de projeto corporativo da Hugo Boss lembrando que para que toda a cadeia funcione é preciso que os parceiros estejam comprometidos.

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