Você já imaginou como a escassez de mão de obra pode afetar a sua confecção? Pois esse é o alerta que faço para os confeccionistas de hoje: preparem-se para o amanhã.
O mercado de vestuário
Vivemos isso antes, e estamos vivendo hoje. Infelizmente, não é novidade pra ninguém que a pandemia afetou diversos setores no mercado de confecção. Muitas das confecções foram afetadas, tanto pela diminuição da demanda de produtos como pelo encarecimento da matéria prima.
E adivinha onde isso impactou de forma mais alarmante? Sim, meu caro colega de confecção, o “bucha” refletiu no desaparecimento das costureiras e, consequentemente, nas facções.
Com o desemprego, muitas das costureiras começaram a trabalhar em casa ou mudaram de profissão. Já conseguimos imaginar o porquê de as costureiras terem sumido, certo? Essa mudança de comportamento, e até mesmo de carreira, afetou intensamente o mercado da indústria têxtil.
Por que as costureiras sumiram?
O impacto do apagão de mão de obra acaba afetando a velocidade da produção. Tanto o tempo de produção aumentou, devido à alta demanda das poucas oficinas sobreviventes, quanto seus custos variáveis. Isso é consequência do reaquecimento do mercado mundial (têxtil e outros setores), o que culmina na falta de produto.
Vale dizer que a escassez de produtos é um dos principais sinais de alerta de uma confecção, afinal, sem produto para vender, sem dinheiro no caixa. Saber do problema presumo que não é tão difícil, afinal, ver o caixa no vermelho é um sinal grave de que existe um erro na confecção.
Entender a falta de saúde financeira como consequência é o primeiro passo para se entender o problema, e isso ocorre por falta de planejamento e análise do produto. Lembre-se do que sempre digo: antecipação gera previsibilidade.
A culpa é dos confeccionistas?
Faça uma análise racional do perfil de grande parte dos confeccionistas brasileiros. Muitos donos de confecção agem mais pela emoção do que pela razão, quando estão no auge do faturamento.
Esse perfil de confeccionista costuma se empolgar quando a coisa está indo de vento em popa, e correm o risco de não analisar dados da confecção e de mercado. Isso geralmente resulta em ações irracionais — metendo os pés pelas mãos — que podem levar a confecção para o buraco.
Para exemplificar, você provavelmente já ouviu falar no desenho da Disney chamado Alice no País das Maravilhas. O desenho adaptado do escritor Lewis Carroll tem um personagem felino que disse uma sábia fala: “se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”. Infelizmente, essa é a realidade de muitos gestores de confecção.
Confeccionistas se perdem quando querem aumentar a produção de forma exacerbada em uma época de alta. E eu te garanto, o caminho para o crescimento saudável de uma confecção normalmente não é esse.
Salvando sua confecção do sufoco
Sei que até agora não trouxe boas notícias para sua confecção. Mas calma que nem tudo está perdido. Agora que eu te contextualizei sobre o sumiço das costureiras, nada mais justo do que eu te oferecer um caminho.
Para evitar o risco de sua confecção ir para o ralo abaixo, é essencial que os gestores façam uma análise do tipo de produto que a confecção quer vender. Por exemplo, vocês podem se questionar se a marca irá agregar valor ao mercado. Analisem o tipo de produto que a sua marca vende e o porquê de vocês existirem.
Evidenciar o diferencial em meio a tanta concorrência é mais que necessário. O diferencial traz excelência e destaque. O ideal é fazer escolhas de produtos assertivos, que irão agregar valor para o cliente. Confeccionar produtos que, antes de chegarem na prateleira do seu cliente, já tenham sido vendidos.
Transformando crise em oportunidade
É como dizem, você escolhe se vai ver o copo meio cheio ou meio vazio. Se você é da primeira turma, vai entender o que eu vou dizer.
Aproveite o momento de mudanças para, por exemplo, aumentar o seu ticket-médio e começar a atrair perfis de clientes novos! Aliás, faça isso sem o receio de perder clientela, pois é importante entender que existem clientes dispostos a pagar pelo produto ainda que o valor seja maior do que o concorrente.
O mercado está em constante mudança, e por isso cada vez mais o dono de confecção precisa estar antenado às adversidades. E como mencionado acima, a falta de mão de obra causa impactos na confecção, e por isso quem se planeja consegue se antecipar e prever possíveis problemas que costumam acontecer e por fim solucioná-los.
Planejamento sempre será a base de tudo. Digo e repito, são muitos os benefícios que o planejamento pode trazer à confecção. Processos devem ser seguidos em uma confecção para que os propósitos estipulados sejam atingidos.
Faça melhor, sempre.
Para finalizar meu texto, faço um convite a todos os confeccionistas do portal a participarem do evento anual MBA FASHION DAY. O maior treinamento de confeccionistas será dia 23 e 24 de setembro, em um encontro presencial do espaço Hakka. O primeiro lote está com 50% de desconto, porém é por tempo limitado.
Neste encontro, vou ensinar isso e muito mais. Aprenda como eu construí mais de 10 marcas de sucesso, e como as confecções que fazem mentoria comigo triplicaram seu faturamento mesmo durante a pandemia.
Vejo vocês por lá.
Abraços,
Eduardo Cristian
Eduardo Cristian é criador e CEO da Costurando Sucesso, empresa que capacita empresários do setor têxtil para a atuação no ramo da confecção.
Para mais dicas sobre o mercado têxtil, confira também nosso material com um passo a passo para melhorar a negociação com o PDV!