Do lenço “tie–dye” à camiseta com uma frase engraçada. Não importa qual é a sua praia, mas você com certeza já usou uma peça com impressão em tecido. O que nem todo mundo sabe, porém, é que não só a técnica importa quando o assunto é impressão em tecidos. O tipo de tecido também tem grande impacto no resultado final e na durabilidade do produto.
Em suma, há duas categorias macro de tecidos: os naturais e os sintéticos. Mas você sabe qual é a diferença entre eles?
A especialista no assunto, Mila Sanchez, que é formada em têxtil e moda pela USP e fundadora do Studio Mila Sanchez, explica: “Os tecidos naturais advém de fibras retiradas da natureza, como o algodão e a lã. Já os sintéticos são produzidos pelo homem, por meio de produtos químicos, como, por exemplo, o plástico, que gera o poliéster”.
Diferença da impressão em tecidos sintéticos ou naturais
É importante esclarecer o impacto que essa diferença produz no resultado do produto: “Os tecidos naturais possuem uma melhor respirabilidade e toque, porém as cores tendem a ser menos saturadas quando impressas nessas fibras. Além disso, esses tecidos tendem a amassar com mais facilidade”, conta Mila.
Agora, se o objetivo é ter uma ótima impressão e qualidade nas cores: “A melhor pedida são os tecidos sintéticos. Mas, vale lembrar, esses são tecidos que, se tiverem uma grande quantidade de poliéster na composição, são mais ‘plásticos’ e, por isso, possuem pouca respirabilidade, toque menos agradável e caimento mais rígido”, pontua Mila.
Em relação às técnicas de impressão em tecido, Mila relembra que as principais são serigrafia/silk-screen, sublimação, estamparia de cilindro e estamparia digital. No entanto, ela reforça: “Cada uma tem suas limitações e características”. Por exemplo: “A sublimação só pode ser feita em tecidos sintéticos que possuam ao menos uma porcentagem de poliéster (fibra plástica) para que a estampa tenha aderência ao tecido”, explica Mila.
Mas para tudo tem solução. No caso da impressão em tecidos, Mila adverte: “Uma forma de unir características positivas dos tecidos é usando tecidos com composições em que mesclem fibras naturais e sintéticas”.
Decifrando tecidos: Sintéticos, os principais exemplos e as diferenças entre eles
Para entender melhor, é bom desbravarmos um pouco mais do universo dos tecidos. Mila elenca quais são os principais tecidos sintéticos: o poliéster, a poliamida e o acrílico. Confira as diferenças entre eles, segundo a especialista:
Poliéster: é o queridinho devido ao custo mais acessível e por poder ser adaptado para diversos produtos sem problema algum;
Poliamida ou elastano: é um tecido com elasticidade, muito usado no fitness para peças mais justas com conforto;
Acrílico: é a fibra mais nobre entre os sintéticos, geralmente usada em peças de frio simulando a lã por ter a característica de ser um tecido isolador térmico.
Decifrando tecidos: Naturais, os principais exemplos e as diferenças entre eles
Já em relação aos tecidos naturais, os principais são: algodão, linho, lã e seda.
– Algodão: é um tecido macio, com alta respirabilidade e, ao amassar, tende a voltar facilmente antes de amassado, por isso, é um tecido prático para o dia a dia;
– Linho: é um tecido nobre, mais caro devido ao alto custo de produção, macio e com um leve brilho;
– Lã: é um ótimo isolante térmico, durável e com elasticidade.
– Seda: produzidas através dos casulos do bicho-da-seda (para produzir esse tecido é necessário matar muitos bichos-da-seda, o que gera muita polêmica sobre o processo), é um tecido muito macio e de alta qualidade, delicado e com um lindo caimento.
Conclusão: maximizando seu conhecimento têxtil
Agora você já sabe as diferenças entre os tecidos, quais os principais de cada categoria, as técnicas de impressão e, o principal, para chegar em um produto de qualidade é preciso analisar com cuidado o resultado que deseja ter, para aí, então, escolher o melhor tecido e técnica de impressão. Assim, você estará bem preparado para alcançar estampas de qualidade e durabilidade, impulsionando seu negócio de impressão em tecidos para o sucesso.