Para que sua empresa possa oferecer produtos diversificados e diferenciados e aumentar sua participação de mercado, é sempre importante estar atento à possibilidade de trabalhar com novos processos nos tecidos. Um exemplo disso é o efeito estonado, gasto ou detonado.
“A estampa estonada em uma camiseta ou moletom, por exemplo, tem atratividade especialmente para o perfil de cliente que busca algo alternativo, mais personalizado, casual e moderno. O tecido estonado confere um efeito de gasto na peça, bem como uma vestimenta mais macia. Tecidos mais finos, porém, exigem que se tenha um processo de estonagem mais delicado, algo que pode ser obtido com o maquinário e as técnicas adequadas”, afirma Milene Blauth, designer de moda e especialista em design de estamparia.
A seguir, apresentamos algumas dicas para que sua empresa possa oferecer esse efeito em seus produtos. Acompanhe.
O efeito estonado e sua proposta
O desgaste necessário para o processo de estonagem tem sua origem na estamparia artesanal. Lavanderias utilizam pedra-pomes em tecidos pesados que, dentro das máquinas, desgastam e alteram sua aparência, processo conhecido como stone wash. O aspecto estonado também pode ser obtido quimicamente, com abrasivos como amaciantes, alvejantes e corantes especiais.
“Uma evolução do método com pedra-pomes e mais ambientalmente amigável é a lavagem enzimática, que garante o mesmo tipo de efeito, mas com o uso de uma quantidade muito menor de água e de danos às máquinas”, afirma Milene.
Ela complementa ainda que “a proposta do efeito estonado em estampa hoje é buscar um resultado semelhante à aparência da lavagem feita em jeans. A diferença está, claro, nos recursos aplicados à malha da estampa, que nem sempre pode ser um tecido que suporte os processos tradicionais de estonagem”.
Efeito de estonagem na serigrafia
Nessa vertente de estonagem, a camiseta, por exemplo, é preparada previamente com uma tintura superficial com sua cor. Isso é feito antes que se aplique a tela com o recorte do desenho da estampa. Após isso, ela sofre um processo químico com materiais abrasivos em sua lavagem. Esses materiais podem ser naturais, como argila, ou químicos, como pastas específicas para estonagem, que podem ser aplicadas no processo de estamparia.
É importante que a estampa siga o mesmo design, conferindo maior autenticidade para o aspecto estonado.
“Nesse caso, em uma estampa cuja serigrafia segue um estilo estonado artificialmente, vale a pena entender se os diferentes efeitos aplicados estão de acordo com o tecido”, recomenda Milene.
Efeito de estonagem na sublimação
A composição do tecido escolhido para a aplicação da estampa influencia na obtenção do efeito estonado. Tecidos sintéticos compostos de poliéster, por exemplo, absorvem e são tingidos em suas fibras pela estamparia feita por sublimação.
“Isso significa que, quanto menor for a quantidade de poliéster, mais ‘lavado’ o efeito da estampa final será, garantindo o efeito estonado”, afirma designer de moda e especialista em design de estamparia.
Materiais como viscose (artificializado a partir de celulose) e algodão na malha são mais resistentes ao processo de sublimação. Isso pode ser utilizado a favor de seu processo para obter o efeito estonado. Lavagens subsequentes conferem maior desgaste ao tingimento em algodão. Isso, unido a técnicas de desgaste artificial no tecido, pode contribuir para o resultado estonado mais autêntico.
Diferentemente da aplicação superficial como técnicas de transfer, a estampa sublimada terá a mesma duração da integridade do tecido. Portanto, é importante que você avalie qual técnica poderá ser obtida com melhor custo-benefício para sua empresa e que será aderente às preferências de seu público. Assim, o efeito estonado na estampa pode ser reproduzido de forma mais ágil, com melhor qualidade na aplicação no tecido, e proporcionar produtos que ajudarão na lucratividade de seu negócio.
Que tal aprender mais técnicas para aplicar em seus produtos? Descubra mais sobre como conferir o efeito jeans na serigrafia.