Houve um tempo — não muito distante — em que, na comunicação visual (e em muitos outros meios), os formatos físico e digital eram muito afastados. Ninguém poderia imaginar o que seriam os QR codes, muito menos a possibilidade de QR code em grandes formatos.

Por exemplo, se você quisesse fazer uma comunicação visual da sua marca para anunciar um evento, em um outdoor ou em um totem num ponto de ônibus ou no metrô. Provavelmente, você precisaria investir em uma comunicação estática, usando cores e elementos fortes para chamar a atenção do seu público, e, depois, torcer para que aqueles segundos em que ele foi impactado fossem suficientes para fazê-lo ir ao evento, sem a opção de métricas muito apuradas para medir a conversão.

Já um exemplo de uma comunicação visual digital para esse evento poderia ser um banner, em um portal de notícias. Nesse formato, você poderia ter alguma chance de medir a conversão de quantas pessoas clicaram no anúncio para saber mais informações e quantas compraram ingressos para o evento. E só isso. As duas comunicações não conversavam entre si.

Com o avanço das tecnologias como um todo, a sinergia entre os meios físicos e digitais também evoluiu. E o mesmo aconteceu com o QR code. Talvez você não se lembre, mas nos longínquos anos 2011, aproximadamente 14 milhões de pessoas tinham feito a leitura de um QR code. No entanto, na época, a maioria dos smartphones exigia um aplicativo de terceiros para ler os QR codes — adicionando mais uma etapa ao processo já desajeitado.

Hoje, no entanto, a maioria dos smartphones tem leitores de QR code nativos (e, geralmente, é só abrir a câmera do celular e direcioná-la para o código), tornando o processo muito mais suave. Tanto que, durante a pandemia de COVID-19 e muito por conta das restrições de contato, virou algo comum escanear o QR code de um um display ou de um adesivo colado na mesa, em bares e restaurantes, para acessar o cardápio completo do estabelecimento.

Transformação digital via QR code

Se fossemos, então, citar a principal vantagem da utilização dos QR codes ela seria: integrar os formatos físico e digital. “Eles permitem o fácil acesso do consumidor ou interessado naquela informação. Rapidinho, ele migra do físico para o digital. Com um código ‘pequeno’, ele acessa uma informação muito maior”, explica o especialista no assunto Roberto Favaro, gerente regional da Serilon, empresa líder na distribuição de produtos de comunicação visual.

Para exemplificar ainda mais: imagine que você está na sua casa montando um móvel novo e, na embalagem, há um QR code. Basta pegar o seu celular e direcionar a câmera para o código para que você seja, imediatamente, levado para um vídeo com o passo a passo de como montar aquele objeto, sem precisar digitar o site ou qualquer outra coisa. Ou seja, é instantâneo. Agora, físico e digital estão integrados.

Adesivo com QR Code em mesa de restaurante

E agora chegou a vez das impressões de QR code em grandes formatos. 

Lembra do exemplo que demos acima do anúncio de um evento feito em outdoor ou totem? Com o QR code impresso neles, a marca pode agora conseguir uma conversão imediata do cliente. Ou seja, se o anúncio impactar o público desejado, com o simples ato de escanear o QR code ele pode, em poucos segundos, ter todas as informações do evento nas suas mãos e até adquirir um ingresso.

A ferramenta pode ainda ser usada como alavanca. Por exemplo, o anunciante pode oferecer um desconto exclusivo para quem comprar de imediato via QR code, ou até mesmo a possibilidade de troca por brindes ou outros benefícios.

“O QR code proporciona mais interatividade do público com a marca. E, definitivamente, é uma grande tendência, não só no mercado de comunicação visual, mas em todas as relações B2C e B2B”, conta Roberto.

Ele enumera: “Hoje, você encontra QR code no Pix do banco, no cartão de visita, em banners, em exposições de arte, em papéis de parede de lojas, em frotas automotivas. Dificilmente um arquivo impresso não tem um QR code”.

Leitura de QR code em display digital através de celular

E qual a diferença dos QR codes em grandes formatos?

A essa altura você deve estar se perguntando: tudo bem, que os QR codes são uma tendência eu já entendi, mas qual a diferença de um QR code em uma impressão pequena e em grandes formatos?

É que as impressoras de grandes formatos foram outra tecnologia que evoluiu muito nos últimos anos. E esse avanço na qualidade dos materiais impressos por elas é que permite a escalada de aproveitamento desse formato!

Outra evolução que permite tal interação, claro, é a do alcance dos smartphones. Segundo uma pesquisa da empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores Statista, em 2021, 85% dos adultos dos Estados Unidos tinham um smartphone. Desses, 86% digitalizaram um QR code pelo menos uma vez em sua vida e 36,4% digitalizam pelo menos um código por semana. No mundo, cerca de 11 milhões de pessoas usam QR code todos os anos.

Na mesma medida em que as aplicações de QR codes aumentam no mundo, os usuários ficam mais familiarizados com a maneira de eles funcionarem. E assim, os QR codes integrados a produtos impressos se tornam cada vez mais uma maneira de os usuários desbloquearem novas experiências digitais. E as empresas de impressões de grandes formatos podem integrar cada vez mais conectividade digital aos seus impressos.

QR codes grandes e digitalizáveis já estão sendo utilizados em outdoors e outros formatos gigantes de publicidade.

Quais são as possibilidades de uso do QR code em grandes formatos?

Além dos exemplos que já citamos acima, como outdoors e totens, outros grandes formatos que podem contar com QR codes impressos são:

  • Banners, seja um banner fixado em um estabelecimento comercial ou em qualquer outro ponto de contato com o cliente; 
  • Displays, que também podem estar em lojas ou outros estabelecimentos e pontos de encontro;
  • Pôsteres, como os de filmes, shows etc.;
  • Lonas, painéis e painéis eletrônicos, que normalmente estão em estruturas de grandes eventos;
  • Frotas automotivas, como grandes caminhões e carretas;
  • Papéis de parede e adesivos, em lojas e estabelecimentos comerciais;
  • PDVs;
  • Quiosques.

Mas como obter uma impressão de qualidade do QR code?

Agora que você já entendeu bastante sobre os QR codes e suas possibilidades de impressão em grandes formatos, resta saber: como garantir a qualidade desses materiais?

“Aqui na Serilon, usamos três tecnologias para impressão de grandes formatos, inclusive de QR codes”, explica Roberto. E detalha: “São elas: base solvente, UV e látex. Com equipamentos que variam de 1,7 até 5 metros de boca. Todas elas podem imprimir em diversos tipos de substratos, resultando nas aplicações citadas acima”.

“Mas o que define mesmo uma impressão de qualidade em qualquer impresso, além dos bons equipamentos, é ter um bom perfil de cor, desenvolvido por um técnico experiente. É ele quem consegue garantir a padronização das cores e outros ajustes”, relata Roberto. “Outra coisa importante é a manutenção adequada dos equipamentos e, claro, também precisa entender o tamanho do impresso, para garantir que seja desenvolvido com a resolução adequada”, conclui.

E os QR codes em grandes formatos ainda podem ajudar na sustentabilidade?

“Em relação à sustentabilidade, é muito relativo. Dependendo da situação, você pode sim ter menos desperdício de materiais”, conta Roberto. 

Utilizando ainda o mesmo exemplo do anúncio de um grande evento do comecinho do texto: ao não usar a estratégia de QR codes (que daria o fácil acesso aos ingressos e mais informações), seria necessário complementar a divulgação com mais materiais impressos, como folders distribuídos nas ruas, envios de malas diretas, entre outros. 

“Nesse caso, dentro de uma estratégia bem definida, os QR codes podem sim representar uma economia financeira e também um recurso mais sustentável no longo prazo”, finaliza.

E agora? Prontos para também utilizar os QR codes em grandes formatos?

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