A aplicação de vinis autoadesivos é um recurso de decoração e comunicação visual muito versátil. De fato, ela pode ser utilizada para a produção de cartazes, banners, faixas, revestimentos, laminação de pisos, sinalização visual, envelopamento de carros, entre outras aplicações.
A técnica, quando bem desenvolvida, garante materiais com imagens atraentes aos olhos do público, com boa durabilidade e apelo estético.
No entanto, para isso, é preciso evitar alguns erros comuns na aplicação de vinis autoadesivos. Problemas como bolhas de ar, rugosidades na instalação, ou mesmo a superfície do material começar rapidamente a levantar são rotineiros quando não se toma alguns cuidados.
Para que você não enfrente esse problema ou a insatisfação de seus clientes, confira as dicas e boas práticas a seguir.
Para evitar erros comuns na instalação desses materiais, é importante:
1. Limpar adequadamente a superfície
Para que a aplicação de vinis autoadesivos seja qualificada, é fundamental que, durante a preparação da superfície, essa seja limpa antes de receber o vinil. Gordura, piche ou sujeiras diversas poderão comprometer o trabalho e a melhor aderência entre o vinil e a superfície.
A verdade é que, embora possa parecer algo menor, a falta de limpeza adequada é uma das principais causas de problemas de adesão do vinil autoadesivo.
Esse processo pode ser feito inicialmente com detergentes (para retirar toda a sujeira solúvel em água) e, depois, com solventes específicos para remoção de graxas, silicone, cera, ou mesmo com a aplicação de outros líquidos de limpeza.
É importante ter atenção aos detalhes: bordas, emendas e rebites podem acumular poeira, umidade, fuligens e outros elementos que prejudicam a aplicação, a tornando falha. Depois, para finalizar a limpeza da superfície, uma boa prática é passar nela álcool isopropílico.
Uma dica final, aqui, é sempre utilizar luvas para manusear a superfície a ser adesivada. As mãos podem conter gorduras, suor e outros elementos que prejudicam a limpeza da superfície e levam ao problema da baixa aderência do vinil.
2. Ter atenção com a temperatura do ambiente de instalação
Recomenda-se que a aplicação de vinis autoadesivos seja feita sob temperatura entre 18 e 25ºC. Isso garante que suas propriedades características sejam mantidas, o que é uma segurança extra contra falhas, especialmente aquelas relacionadas ao reposicionamento da imagem.
Agora, se a temperatura estiver mais elevada, o método de aplicação molhada pode ser uma boa aliada. Embora possa demandar mais tempo, ela ajuda a resfriar a superfície de instalação e, ainda, possibilita que o instalador reposicionar o vinil no local antes de dar início à espatulação. No entanto, para ter sucesso com essa técnica, é fundamental não utilizar sabão demais, pois isso pode prejudicar a capacidade de aderência (tack) do material.
3. Ter atenção com a umidade
Esse é outro fator que interfere no sucesso da aplicação de vinis autoadesivos. Um ambiente com umidade excessiva pode amolecer demais o vinil. Já aqueles com falta de umidade podem deixar o vinil mais duro, tornando o processo de espatulação mais difícil, e levando a problemas como as indesejadas bolhas.
4. Fazer uma espatulação cuidadosa
A espatulação apressada e descuidada pode causar problemas na aplicação de vinis autoadesivos. É preciso executar movimentos precisos e consistentes, com uma pressão adequada da espátula e com atenção às bordas da superfície para evitar falhas na aderência do vinil.
5. Nunca alongar demais o vinil autoadesivo
Alguns instaladores têm o costume, ou acreditam ser necessário esticar bastante o vinil. No entanto, se isso for feito excessivamente – seja em superfícies planas, pouco curvadas ou com curvas complexas -, depois da aplicação, ele poderá levantar. Assim, para ter sucesso com a instalação, o vinil deve ser esticado apenas minimamente.
6. Não esquecer do pós-aquecimento
Essa etapa se dá após a aplicação em si, mas interfere na finalização e na qualidade do trabalho. Para executá-la, o vinil precisa já estar instalado, sem bolhas ou pontas descoladas.
Ela consiste no aquecimento do vinil com um soprador térmico de ar quente mediante uma temperatura máxima (que comumente varia entre 100 e 150ºC), movendo o soprador com calma ao longo de toda a área da imagem. Isso deve ajudar a diminuir a tensão do vinil autoadesivo, a manter a sua memória e disposição no local correto.