Em um mundo conectado, as distâncias a serem percorridas são menores para fazer negócios. Novas tendências do mercado têxtil e de impressão digital foram possibilitadas graças a essa aproximação entre mercados locais e internacionais. No entanto, vender para mercados internacionais não é um processo simples para quem não se prepara bem para ele. Isso porque existem demandas e certificações para que produtos possam ser comercializados além-fronteiras.
Dados da consultoria internacional Smithers Pira trazem a previsão de uma valorização de US$ 137 bilhões do mercado global gráfico de impressão até 2024. Em tempos de preocupação em soluções e tecnologias sustentáveis, porém, é necessário preparo.
No artigo de hoje, falaremos mais sobre algumas das certificações necessárias para vender para mercados internacionais. Entenda, também, como isso pode impactar na produtividade de seu negócio.
Quais são as certificações exigidas para vender em mercados internacionais?
Alinhar as metodologias e os processos de produção de um mercado como o da serigrafia ou têxtil é um desafio. Quando pensamos em vender para mercados internacionais, devemos estar atentos a selos de sustentabilidade e seu impacto nos negócios.
A União Europeia, por exemplo, tem demandas de uma série de certificados e selos visando práticas de produção sustentáveis. O maior deles é o Ecolabel: sob esse selo, mais de 37.000 produtos de diversas categorias estão certificados para produção e desenvolvimento.
Temos também a Green Dot, principal certificação do PRO Europe, focada na compensação ambiental e reciclagem de embalagens no meio ambiente.
Em um aspecto mais abrangente, há a Certificação ABNT ISO 14001, que trata da gestão ambiental e de práticas sustentáveis. Vender para mercados internacionais exige conformidade não somente com selos de mercados externos, como também com as normas vigentes no país.
O mercado de serigrafia e comunicação visual gera, anualmente, um nível considerável de descarte, aumentando a necessidade dessas certificações para manter a competitividade da empresa também no que diz respeito às suas políticas de sustentabilidade.
“Os órgãos responsáveis pelas certificações são uma criação recente. Grandes conferências mundiais, como a Eco 92, trouxeram a preocupação dos selos verdes. São formas de comprovar e comunicar uma produção e venda que preenche rigorosos critérios ambientais”, ressalta Saulo Prado, mestre em avaliação de impactos ambientais e engenheiro ambiental.
Como é o processo de certificação para vender para mercados internacionais?
O processo de candidatura e solicitação de certificação pode variar de acordo com a certificação exigida. Em relação à Ecolabel, por exemplo, existem sete fases. São elas:
- Contato com os órgãos competentes nos países da UE;
- Registro do produto no catálogo online de produtos e serviços da Ecolabel (ECAT);
- Apresentação de dossiê de testes dos serviços e produtos;
- Pagamento das taxas, que variam de micro, pequenas, médias e demais estruturas empresariais;
- Análise de documentação e avaliação pelo órgão independente competente;
- Aprovação e premiação do certificado;
- Divulgação do selo Ecolabel.
“É sempre importante informar-se sobre os órgãos independentes responsáveis em cada país. Certificações europeias, como a Green Dot e a Ecolabel, têm órgãos voltados para a análise das candidaturas em cada país. Vale também, como já mencionado, informar-se sobre políticas locais de legislação. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), por exemplo, certifica marcas sustentáveis e comprometidas com boas práticas durante todo o ciclo de vida de seus produtos”, lembra Prado.
O prazo para obter a certificação varia de acordo com a aprovação da documentação e avaliação. Essa avaliação e resposta do organismo competente à comissão internacional, como a União Europeia, pode demorar cerca de 90 dias – sendo, no caso, 60 dias a partir da avaliação e 30 com a liberação pelo Comitê.
Quais são as vantagens dessa certificação?
A posição de responsabilidade de um mercado como o têxtil, de serigrafia e comunicação social em relação a esses certificados internacionais é considerável. À medida que se desenvolveram as novas tecnologias de produção, pré-tratamento para impressões e demais processos, cresceram, também, as demandas por práticas sustentáveis. E vender para mercados internacionais exige repensar processos levando esse atributo em consideração.
É importante enxergar a continuidade de um processo desses. Um selo verde ou um certificado de conformidade comunica algo importante a seus clientes: qualidade e cuidado. Não se trata apenas de vender produções gráficas em outros mercados. Trata-se de estabelecer uma relação transparente com seus principais parceiros e consumidores.
A série de demandas nas certificações fortalece marcas no mercado, as diferenciando e atestando sua credibilidade e seriedade. Critérios rigorosos referentes à fabricação, produção e impressão fazem com que empresas do nosso mercado tenham a oportunidade de atingir um padrão de excelência internacional. E o resultado disso para um mercado competitivo é valioso tanto para melhorar resultados locais quanto para se atuar globalmente.
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