Conquistar espaço no mercado e fazer um negócio crescer é o sonho de todo empreendedor. Por isso, saber quais medidas tomar em prol do desenvolvimento dos negócios é essencial, mesmo para quem não tem muita experiência no mundo dos negócios.
Para administrar bem uma microempresa, no entanto, não existe uma receita pronta. Cada negócio conta com suas peculiaridades de mercado, maturidade e dificuldades que são proporcionais ao seu porte. Porém, as experiências práticas de outras empresas podem – e devem – servir como base para nortear quem quer empreender.
Independentemente da realidade e da situação da sua empresa, uma coisa é fato: sem planejamento estratégico é muito possível que seu negócio acabe emperrando, ou, no pior cenário, até quebrando. Para saber como se organizar e planejar sua microempresa, confira algumas dicas!
Controle o fluxo de caixa
O fluxo de caixa é uma das principais ferramentas do planejamento estratégico e que garante a viabilidade e a sobrevivência de um negócio. Embora seja um instrumento bem simples, com os registros das entradas e saídas de dinheiro do caixa da microempresa, muitos empreendedores não realizam esse tipo de controle.
É com o fluxo de caixa que o empreendedor consegue verificar se a microempresa conta com recursos futuros para se manter, além de cobrir todas as suas despesas e arcar com as suas obrigações. Com essa avaliação simples, o empreendedor já consegue prever momentos financeiros mais críticos para o seu negócio e tem mais recursos para driblar as adversidades.
Para quem quer um futuro mais seguro para a sua microempresa, o monitoramento do fluxo de caixa é uma atividade obrigatória.
Gestão de pessoas
Muitos pequenos negócios contam com uma alta taxa de rotatividade, o que acaba prejudicando o faturamento e também o desenvolvimento do negócio. A gestão de pessoas é fundamental no planejamento estratégico em qualquer empresa, independentemente do seu porte.
Se você não tem recursos para oferecer benefícios financeiros aos seus colaboradores, invista em treinamentos e capacitação. Isso, além de desafiar os funcionários, é uma excelente maneira de o empreendedor reter talentos, demonstrando que investe em sua equipe.
“Quando se trata de gestão de pessoas, empresas dos mais diversos portes acabam falhando na questão do engajamento de pessoas. Quando um colaborador se sente conectado ao propósito da empresa, é envolvido em projetos estratégicos, age em prol da causa do negócio, sua entrega é muito maior e os resultados do negócio são melhores. Mais do que benefícios, a empresa precisa engajar seu colaborador, fazendo com que ele se sinta parte daquela organização”, afirma Francisco Albuquerque, coordenador da pós graduação em Design Estratégico do IED-SP, e sócio da Arco | Desenvolvimento Criativo.
Separe o dinheiro da empresa das despesas pessoais
Esse é um dos erros de planejamento estratégico mais comuns cometidos nas microempresas. No Brasil, existe um grande número de empresas familiares, nas quais as contas pessoais acabam se misturando com o patrimônio da empresa. Por mais que as figuras do empreendedor e da empresa se confundam muitas vezes, especialmente no cenário das microempresas, é essencial separar as contas e, também, o patrimônio. A mistura, não raras vezes, compromete o caixa da empresa, gerando dívidas e até a falência nos cenários mais graves.
Estipule um pró-labore para os sócios e separe as contas bancárias. Essas medidas ajudam a criar barreiras físicas para o patrimônio e a evitar a confusão.
Organize a gestão dos investimentos
Mesmo quem abre um pequeno negócio, cedo ou tarde, precisa lidar com situações como a necessidade de modernização para enfrentar a concorrência, a contratação de pessoal para atender mais demandas e até o aumento da estrutura física para contemplar o crescimento da empresa.
Em momentos como esses, é muito comum que o empreendedor se sinta confuso ou mesmo inseguro, já que nem sempre os valores dos investimentos são precisos e indicam retorno certo para o negócio. Além disso, muitos empreendedores optam por utilizar recursos da própria empresa, o que acaba comprometendo o capital de giro.
Antes de tomar qualquer decisão, o empreendedor deve organizar seus investimentos, preservando sempre o capital de giro. Lembre-se que esse recurso deve crescer junto com a microempresa e não ser comprometido pelo crescimento do negócio.
Com a gestão de investimentos, o empreendedor pode utilizar os recursos certos para crescer. Em situações como estas, é sempre melhor investir o lucro do que comprometer o capital de giro.
Prepare-se para cenários adversos
Um dos principais objetivos do planejamento estratégico financeiro é proteger a microempresa em cenários adversos. Muitos empreendedores atribuem o fracasso de seus negócios à baixa receita, porém, sequer contabilizam custos variáveis no orçamento, despesas operacionais e gastos extraordinários.
Por isso, o controle e o planejamento estratégico são ações fundamentais que guiam o empreendedor sobre os passos a serem tomados, mesmo nos cenários mais complicados.
Um bom planejamento beneficia a microempresa, pois ajuda a definir prioridades e direciona as ações do empreendedor para proveito do próprio negócio.
E você, conta com um planejamento estratégico para sua microempresa? Compartilhe nas redes sociais!