Alguns conceitos da gestão financeira e do planejamento administrativo merecem atenção especial do empreendedor. É o caso, por exemplo, do gerenciamento de ativos (investimentos como estoques, máquinas e equipamentos, contas a receber) e passivos (deveres e obrigações da empresa, como empréstimos, débitos com fornecedores, impostos a pagar).

Para Marco Tulio Clivati Padilha, professor de Administração Financeira da Faculdade de Administração da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), esses números servem para o empresário manter o foco em gerar valor à companhia: “Do lado estrutural, tendo em conta o longo prazo, o administrador deve selecionar cuidadosamente os investimentos para se certificar que efetivamente gerem valor, que gerem benefícios futuros que garantam a sustentabilidade do negócio”, comenta.

Sua apreciação é apoiada por Dariane Reis Fraga Castanheira, Professora do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento da FIA (Fundação Instituto de Administração), para quem a administração dos ativos e passivos deve estar sempre voltada para garantir a rentabilidade da empresa.

Questão também importante na administração financeira envolve a gestão de caixa. Para evitar a falta de conversão, o empreendedor deve balancear rentabilidade e liquidez, buscando uma combinação que traga retornos razoáveis e que permita a disponibilidade de recursos, ponderando sempre obrigações de curto prazo e eventuais situações não previstas. “Assim, uma forma de se realizar essa gestão pode ser por meio da definição de limites de investimentos de acordo com o prazo de realização e disponibilidade, estabelecendo valores mínimos para recursos imediatamente disponíveis”, esclarece Padilha.

Já Dariane aponta uma série de medidas que pode melhorar o fluxo de caixa: reduzir gastos desnecessários que não vão comprometer a qualidade do serviço; analisar a necessidade de capital de giro e, se preciso, fazer uma ação para vender mais; renegociar dívidas, aumentar o prazo de pagamentos, reduzir juros e valor mensal da amortização; analisar captação de recursos; negociar antecipações de receita com o cliente. Conciliar créditos entre fregueses e fornecedores, nesse sentido, pode ser uma boa alternativa. Fraga explica que a administração do capital de giro deve ser no sentido de reduzir a necessidade de recursos para próprio o giro (compra e venda). Assim, segundo ela, o ideal seria que os fornecedores concedessem o mesmo prazo que a empresa concede aos clientes.

“Muitas vezes isso não é possível. Mas a empresa pode conseguir negociando prazos com fornecedores atuais e/ou prospectando novos. A empresa pode, também, antecipar recursos das vendas (antecipação de recebíveis)”, salienta a professora da FIA. “Mas atenção para a viabilidade das taxas de juros cobradas pelas instituições de crédito. Os juros pagos pela operação não devem comprometer a lucratividade desejada.”

 

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