Como uma sociedade malfadada se tornou oportunidade para Marksuel Carlos
Recém-casado e retirado de uma empresa pelo então sócio, a solução foi encontrar clientes, terceirizar serviços e descobrir “pulos do gato”
“Da noite para o dia eu estava com uma mão na frente e outra atrás”, conta o fundador e proprietário da Open Comunicações. “A sociedade acabou, foi um período conturbado na minha vida. Um período mais tenso. Eu tinha acabado de casar, tinha 22-24 anos e minha esposa e quando recebi a notícia foi uma das notícias dolorosas para mim. Me marcou muito. Eu sempre dou o máximo por aquilo que acredito e quando acabou fiquei destruído”.
Carlos lembra ainda que no dia seguinte à “demissão”, acordou às sete da manhã e sua esposa perguntou para onde ele ia e sugeriu que ele dormisse mais um pouco, afinal não tinha trabalho ao que ele contestou que “homem que é homem acorda cedo e vai trabalhar”. Assim, apanhou sua mochila com seu notebook, montou na bicicleta da esposa e sai pela cidade avisando as pessoas que tinha saído da empresa e que procurava por oportunidades. Começou a trabalhar em um quarto de sua casa.
Com materiais em mãos conseguiu terceirizar a produção. Com um empréstimo do padrasto comprou uma plotter e, então, sim começou sua empresa e a gravar vídeos para o Youtube. “Era um mercado muito carente. Muito da iniciativa para o canal na internet era responder as dificuldades que eu tinha. Eu pedia ajuda e ninguém dava o ‘pulo do gato’. Quando abri a empresa decidi que ia ajudar todo mundo.”
Tempos depois, o empresário alugou um ponto comercial de seis metros por sete e passava boa parte do tempo pensando em como ocupar todo aquele espaço com máquinas. “Mas passei quatro meses sem fachada, pois estava com dinheiro contato”. A iniciativa ao montar de fato a empresa foi deixar de terceirizar; “não depender de fornecedor ou boa vontade de terceiros”.
Daquele espaço, Carlos passou para um maior com sete metros por dez e continuou crescendo. Do aluguel, passou para loca próprio. Estendeu a área. “Sempre falo: antes de gestão, vendas e administração, que é relativamente fácil, a gente estuda e aprende a gente precisa ter princípio.”
Tendências para comunicação visual – onde estão as oportunidades de diversificação e investimento?
“A tendência está debaixo do seu nariz”, afirma Judah Adonai da J.A. Treinamentos. “Muitas inovações a gente descobre falando com nossa equipe. Mas pensando em um cenário macro, para todo o mercado, podemos imaginar grandes Times Squares (famosa avenida nos Estados Unidos), cheio de telas de Led para todos os lados”, compara.
Entretanto, Adonai, Jonathan Teobaldi – Criativando-, Alexandre Eduardo Gomes – Chroma Jet – e Vinicius Melo – Agência Eclética, concordam que o futuro da comunicação visual se concentra em uma palavra: “instagramavel”, um objetivo ou área específica em qualquer tipo de estabelecimento para que consumidores possam tirar foto. Um exemplo foi citado por Teobaldi que em durante uma viagem viu um prédio todo instagramável em que as pessoas pagavam para entrar e tirar foto.
Melo, no entanto, espera que uma tendência que se firme rapidamente seja o de padronização. “Tenho anunciante em três estados nordestinos – o Nordeste é do tamanho da Europa -, para produzir o mesmo material em três cidades eu mando para cada estado, depois quando vemos a checagem eu não consigo ter padrão de cor.”
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