A sustentabilidade é um tema cada vez mais presente no dia a dia da sociedade brasileira. Isso porque, com o acesso maior à informação, muitas pessoas têm olhado com uma atenção especial para o meio ambiente e procurado saber mais sobre a procedência e a qualidade dos produtos que consomem.

Este cenário, por incrível que pareça, já começa a ser percebido nos processos serigráficos. Além da procura por máquinas mais modernas que consomem menos energia, a preocupação dos consumidores com a composição dos insumos utilizados na confecção das peças também tem se tornado comum, abrindo espaço para as chamadas tintas ecológicas, que se distinguem das convencionais por serem compostas por matérias-primas naturais (a maioria é feita à base de água), dispensando a utilização de substâncias derivadas do petróleo.

Não à toa, muitas empresas estão lançando tintas desse tipo no mercado, atendendo às normas nacionais e internacionais referentes ao uso de substâncias restritas. “Elas são livres de alguns componentes que podem agredir o meio ambiente ou a saúde de alguma maneira, como o TACK, o formaldeído, o Nonylphenol ethoxylate e os solventes aromáticos”, explica Rodrigo Pereira, diretor executivo e instrutor dos cursos de Silk Screen.

Outra vantagem dessa versão ecológica é que a remoção e o descarte de tintas com base em solventes químicos são muito mais caros e poluentes, o que prejudica não apenas o meio ambiente, mas também as finanças da empresa especialista na técnica da serigrafia.

Aplicações da tinta ecológica

É verdade que as tintas ecológicas podem ser um pouco mais caras do que as convencionais, no entanto, suas possibilidades de aplicação compensam o investimento.

Elas podem ser aplicadas em qualquer superfície que contenha uma matéria-prima com boa absorção, como em tecidos de algodão, tecidos sintéticos e papéis.

O insumo também oferece uma boa cobertura e resistência à lavagem com água e à fricção, o que torna o investimento rentável, sobretudo em relação à qualidade da entrega e à satisfação dos clientes, embora tudo dependa do tipo de tinta e da linha que cada empresa desenvolve.

“Algumas tintas acabam se segmentando e tornando-se mais adequadas para determinados tipos de tecidos, como os sintéticos, os mesclados (sintéticos e naturais) e os tecidos compostos com fibras 100% naturais. Nesses casos, recomenda-se o uso de uma tinta específica para o tecido que vai ser trabalhado para que haja um melhor aproveitamento do material”, explica Rodrigo.

Cuidados de manuseio

As tintas à base de água são mais fáceis de serem manuseadas devido à sua composição menos agressiva. “Apesar disso, sempre recomendamos, para qualquer aplicação de serigrafia, o uso de luvas, óculos e máscaras. Podemos adotar outras precauções, como o uso de panos de limpeza para a remoção da tinta em contato com as mãos, assim como a higienização e a hidratação das mãos de forma correta no dia a dia (com sabonete e creme hidratante), caso não haja o uso de luva, mantendo assim o bem-estar pessoal”, afirma.

E, embora tenha um odor bastante inferior em relação às tintas convencionais, a versão ecológica também deve ser aplicada em um ambiente arejado.

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