Se você está começando a estampar em serigrafia, provavelmente tem algumas dúvidas sobre como aproveitar seus insumos da melhor forma possível e otimizar os custos e o seu trabalho.
Afinal, qual é a quantidade de tinta ideal para a estampa? E em relação ao rodo aplicado na tela, qual é o ponto certo? Esses são exemplos de questões comuns que estão na mente de quem está iniciando nesse ramo de negócio.
Então, se você quer saber mais sobre elas, continue a leitura. Descubra algumas respostas e dicas para quem está em busca de soluções para estampar em serigrafia!
Como é o processo de estampar em serigrafia?
A impressão de estampa em serigrafia, ou silkscreen, consiste na impressão à base de um estêncil. Esse insumo é uma tela tecida de poliéster ou nylon, por onde a tinta é “forçada” para um substrato — o tecido de uma camiseta, por exemplo.
Essa impressão em silkscreen pode ser realizada de forma manual, aplicando-se a tinta com rodo na tela, ou de forma automatizada, com um carrossel de rodos realizando as aplicações.
Para o processo é necessário, primeiramente, a criação de uma estampa. A partir dessa arte, suas cores são separadas, impressas e enviadas para a gravação das matrizes.
Por sua vez, essas matrizes são os quadros com a tela esticada que, com a preparação dos insumos (mistura de tinta, preparação dos rodos ou carrossel), terão a arte impressa sobre o tecido desejado.
Qual é o uso correto de tinta na hora desse tipo de impressão?
Ainda que a quantidade de tinta a ser utilizada dependa diretamente do tamanho da estampa e suas cores, há outros fatores a serem considerados nessa decisão.
“É importante, antes de estampar em serigrafia, buscar informações em relação aos insumos. Cada tipo de tecido da tela e da roupa onde a estampa será impressa suporta uma quantidade mínima e máxima de tinta”, explica Cesar Augusto, coordenador da Contraste Impressões.
“Sendo assim, é importante empregar a densidade e quantidade ideal de tinta, respeitando a força do rodo e a resistência do material da impressão”, completa.
Quando se busca estampar em serigrafia, uma propriedade importante da tinta é sua viscoelasticidade. Ou seja, o quanto a tinta resistirá ao processo de impressão, passando da tela para o substrato. Tintas que tenham uma pasta mais viscosa, por exemplo, demorarão mais tempo para atravessar a trama de poliéster de uma tela.
Além da própria tinta, é importante calcular seu custo para impressão. Ao estampar em serigrafia, é preciso levar em consideração fatores como o produto, matriz, tipo de rodo utilizado e a área da estampa a ser pintada para cada quilo de tinta.
É possível fazer isso convertendo-se a área (comprimento x largura) da estampa de centímetros para metros, assim, você consegue descobrir a quantidade de tinta necessária a ser investida para a impressão.
Como é a aplicação correta do rodo na estampagem da serigrafia?
Muitos iniciantes no processo de impressão manual de estampa em serigrafia têm dúvidas em relação ao uso do rodo. Afinal, deve-se utilizar o rodo passando toda a tinta pela tela? Ou, ainda, deve-se deixar sobrar um pouco do produto na tela?
“A recomendação ao estampar em serigrafia manualmente é ter eficiência na impressão. Afinal, quanto mais aplicações manuais feitas com o rodo, maior a chance de que a tela seja deslocada”, indica Augusto. “Ou, ainda, que ocorram borrões de tinta que prejudiquem o resultado final da aplicação no tecido”.
A qualidade da impressão e o número de passadas do rodo dependerão, também, do material do substrato e da sua cor. Uma camiseta branca de algodão recebendo a arte de uma cor, por exemplo, normalmente tem sua impressão em apenas uma puxada de rodo na estampagem. Já uma impressão em um tecido mais grosso poderá exigir mais passadas de rodo e demãos de tinta.
Assim como o tecido, a tinta utilizada na tela influenciará na forma de operar o rodo. Uma tinta branca, por exemplo, tem propriedades viscoelásticas que exigem uma pressão mais vagarosa para a sua fluidez através da matriz. Já uma tinta colorida pede por uma puxada de rodo mais rápida.