Neste momento difícil para todos no mundo, o Brasil vai poder usar uma de suas maiores características: A criatividade.

Alguns exemplos já estão surgindo. Por aqui temos os supermercados estabelecendo horários para atender maiores de 60 anos e aumentando as entregas em casa. Confecção parando a linha de produtos para produzir máscara e empresas de cosméticos produzindo álcool em gel. Uma entregadora de alimentos montou um fundo para ajudar pequenos restaurantes, e serviços de streaming liberaram filmes e músicas. 

Quando tudo isso tiver passado,  vamos conhecer as empresas que efetivamente agiram com solidariedade e aquelas que usaram a capacidade máxima para parecer bonzinho e depois transformar você em assinante de alguma coisa.

 A UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas)  criou um fundo para ajudar os alunos mais carentes –  sim há alunos com poucos recursos nas universidades públicas e privadas –  e alguns desses jovens podem ser os cientistas que você tanto espera. E para quem chamou funcionário público de parasita, gostaria de dizer que minha irmã se aposentou como docente daquela universidade já fez uma contribuição , afinal de lá que vem seu pagamento. 

A atitude tomada pela empresa a qual eu represento no Brasil e que tem clientes no mundo todo foi disponibilizar chaves virtuais aos funcionários de clientes para que continuem desenvolvendo suas estampas trabalhando em casa. O suporte online continua com um rodízio de funcionários e duas pessoas sempre estão na sede na Inglaterra.

Na estamparia é muito comum se desenhar em casa e fornecer arquivos para as empresas de impressão. Até mesmo em cidades e países distantes. Falta agora trabalhar a distância com gerenciamento de cores, o que já é possível.

 

Eu tenho um sonho antigo que com muita ajuda um dia vai funcionar: Durante a Future Print montamos um circuito que explica como é a impressão em tecido das diversas formas oferecidas durante o evento. Contamos com a ajuda de diversos expositores e ao final do evento procuramos não deixar nem um metro de tecido para ir para o lixo. Eu gostaria um ano desses de integrar toda a feira de maneira a sobrar o mínimo de lixo possível. Escolas de moda podem produzir estampas, que podem ser impressas por expositores de impressoras que podem ser finalizadas por expositores de calandras e até costurado por empresas que vendem máquinas de costura. Feito isso o tecido final pode ser distribuído entre as mesmas escolas do início e entregue para instituições que dão cursos de apoio em comunidades. Não é nada fácil, mas é perfeitamente possível. Quem sabe essa união entre as empresas continue existindo e poderemos iniciar meu sonho.

Sugestão para pós corona vírus 

  • Mantenham a ajuda de fazer compras para idosos do seu prédio;
  • Continuem pedindo comida nos pequenos comércios do seu bairro;
  • Façam parcerias que só nesse momento vocês perceberam que vale a pena
  • Não entupam seus filhos de atividades durante a semana para que eles se tornem os melhores profissionais do mundo. Tirem um tempo para brincar, fazer lição ou ver um filme juntos. Talvez seja esse convívio que os torne seres  humanos de valores e, quem sabe, até os melhores profissionais do mundo.
  • Quando assinarem um curso online, disponibilizem para mais pessoas que não possam pagar. Não precisa ser uma Anitta, mas dá para ajudar. (Parabéns Anitta)
  • Continuem tocando e cantando na varanda ;
  • A experiência de quarentena ajudou-os a pensar na coletividade? Continuem!