As empresas de comunicação visual estão inseridas em um mercado bastante disputado. A concorrência acirrada presente no setor, no entanto, não se deve ao grande número de players, mas sim à quantidade de empresas que estão buscando se diferenciar, oferecendo produtos melhores e serviços exclusivos.
Para acompanhar a movimentação do mercado, e garantir seu espaço diante dos consumidores, é essencial investir em planejamento e valor agregado. Mas como fazer isso? Para empreendedores que querem apostar no diferencial dos seus produtos, tornando-os ainda mais atraentes aos consumidores, vale a pena conferir essas dicas. Acompanhe.
Precisamos falar sobre preços
Antes de tratar sobre o valor agregado de produtos do mercado da comunicação visual, propriamente, é importante compreender alguns conceitos sobre preços. Para muitos empreendedores, preço é o reflexo do custo de um produto somado à margem de lucro, porém, existem questões mais subjetivas que impactam na precificação – e daí surge a importância do valor agregado.
“O marketing possui um papel fundamental na criação da percepção do preço pelo consumidor. Através de técnicas e conhecimento de marketing que é possível analisar os desejos do consumidor para, então, atribuí-los ao produto”, esclarece Renê Gallep, professor de marketing na ESAMC.
Por essa razão, antes mesmo de investir em valor agregado, é fundamental que o empreendedor compreenda sobre o valor percebido dos seus produtos pelos seus clientes e o que efetivamente faz com que eles paguem pelo preço proposto.
Para chegar a esse ponto do planejamento, pesquisas de mercado, questionários e até os serviços de atendimento ao consumidor são essenciais. Quanto maior a proximidade da sua empresa com o cliente final, mais chances do empreendedor ser preciso quanto ao valor percebido e aquilo que é possível agregar para aumentar o preço final de seus produtos.
“É preciso que o empreendedor compreenda como anda a percepção do consumidor sobre os seus produtos e serviços, bem como o olhar do mercado sobre a concorrência. Isso faz com que o empreendedor entenda que, às vezes, ele está na tentativa de criar algum valor que, na verdade, não é relevante para o consumidor” , esclarece Gallep.
Medidas práticas
O valor agregado, portanto, não é algo objetivo: ele é a parcela daquilo que o cliente necessita para pagar mais pelo seu produto. Quem pretende criar valor agregado no mercado de comunicação visual deve investir em uma estratégia visando conhecer seu cliente, antes mesmo de tomar atitudes práticas.
É preciso que o empreendedor compreenda exatamente qual o valor percebido do seu produto, para, então, entender tudo aquilo que pode ser acrescido para se transformar em valor agregado. Ele está diretamente relacionado à necessidade e disponibilidade de investir do cliente, que deve ser o foco do empreendedor antes mesmo de investir em seu produto final.
Feita essa análise do valor percebido e das necessidades e disponibilidade de investir do cliente, o empreendedor deve partir para medidas práticas, que podem ser a melhoria da qualidade dos insumos, o desenvolvimento de produtos para segmentos específicos, a comercialização online e até a melhoria do atendimento e dos serviços como forma de trazer mais valor ao produto final.
Em termos de criação de valor agregado, não existe uma receita de planejamento pronta – e ficar apenas de olho na concorrência não é a solução. Ela, muitas vezes, sinaliza a disposição do cliente em investir, porém, sem falar e entender diretamente as necessidades dos clientes, esse tipo de investimento não passa de puro “achismo”.
Em outras palavras, isso significa que ter um planejamento para melhorar os insumos da produção apenas para conferir uma qualidade semelhante ao produto disponibilizado pela concorrência não necessariamente implica em valor agregado, já que o mercado nem sempre está disposto a pagar por esse tipo de inovação. O foco deve ser sempre o lado mais subjetivo do consumidor e a sua percepção sobre o produto. Lembre-se que, para pagar mais, o consumidor precisa ser seduzido – e conquistar e estimular o desejo também faz parte dessa equação.
Como você faz os eu planejamento para criar valor agregado para os seus produtos de comunicação visual? Compartilhe em sua rede social.