Com uma oferta
diversificada no mercado brasileiro, o empreendedor de comunicação visual precisa encontrar meios para oferecer
qualidade e, principalmente, bons preços. Porém, mesmo que cenário não seja
simples, é possível, sim, encontrar meios eficazes para reduzir o preço do
produto e tornar sua empresa mais competitiva. O especialista da ABTG (Associação
Brasileira de Tecnologia Gráfica), Cassio Rodrigues, garante que há estratégias
de negociação, especificamente para o mercado de comunicação visual, porém,
vale ficar atento a dois detalhes: a qualidade e a constância em relação às
matérias-primas.

“Quanto melhor for o conjunto de matérias-primas
usadas (lonas, tintas, etc.), menos problemas durante a impressão o
profissional terá e menor será a sua perda. Dessa maneira, o custo final
diminui e, consequentemente, o impressor obtém mais lucro, repassando parte
para o cliente final e reduzindo o valor global”, detalha o consultor.

Para o diretor da AXS Consultoria
Empresarial, Walber Almeida Xavier de Sousa, os desafios do empreendedorismo
exigem, entre outras habilidades, o planejamento e a negociação, além de grande
conhecimento do segmento. Para que a empresa possa se tornar solvente e buscar
crescimento constante.

Confira
10 dicas de especialistas para conseguir melhores preços:

1-Conhecer a demanda de sua empresa facilita a negociação, segundo o consultor
de Finanças do Sebrae-SP, João Carlos Natal, pois nenhum fornecedor gostaria de
trabalhar com uma empresa que define prazos e valores fora da realidade do
mercado. “A imagem captada pelos negociadores/fornecedores a respeito da sua
empresa será, com certeza, de uma empresa organizada com a seriedade e
responsabilidade dos seus gestores, explica.

Para
Sousa, ao conhecer a demanda e comprar corretamente, a empresa evita o
surgimento de dívidas. A negociação deve ser conduzida com seriedade. “A
proposta, antes de ser apresentada, deve ser devidamente estudada, pois o
acordo deve ser cumprido com precisão, principalmente no curto e médio prazo,
para demonstrar que há gestão empresarial.

2-Saiba
as sazonalidades do mercado
e
prepare-se financeiramente para comprar uma quantidade maior nessas épocas,
melhorando o valor médio do seu estoque e trazendo uma margem maior na
estrutura do preço de venda do seu produto/mercadoria, trazendo maior
competitividade no mercado.

3 – Quais seus limites financeiros? “É importantíssimo ter o conhecimento
da realidade financeira de sua empresa. Estabeleça quais são os limites para a
negociação e até quanto a empresa pode pagar”, orienta o especialista do
Sebrae-SP. Discriminar esses limites – de preço, prazo e condições – é ainda
mais importante porque o empresário pode se envolver
demais.

4 – Negocie sem medo. Se
o preço da matéria-prima for mal negociado, a venda será problemática. Diante
disso, o empresário não pode ter vergonha de barganhar. “Negociação é conflito.
Se não houvesse conflito de interesses, não haveria necessidade de negociação.
21% dos profissionais brasileiros afirmam ter medo de negociar, contra 6% da
média mundial. O importante na negociação é manter o foco no objetivo final,
tratando adequadamente todas as partes envolvidas no processo”, apontam
Giovanna Aginer, Carolina Grilli e Ana Carolina Andrade, ambas da equipe da FEA
júnior USP.

Já João Carlos Natal, consultor de Finanças do Sebrae-SP, faz um excelente resumo sobre a importância da negociação: comprou mal, com certeza vai vender mal. “Pesquise quem fornece o que você precisa pelo menor preço e também os fornecedores com maior qualidade, crie relacionamentos, tenha várias opções de fornecedores e negocie com eles”.

5 – Tenha informações! De certa maneira a negociação pode ser
tratada como um jogo. Assim, levantar informações pode ser determinante para
que você saia vencedor. “Quanto mais informação você possui em relação ao seu
fornecedor e às possibilidades de negócio dele, maior é o seu poder de
barganha”, avalia a equipe da FEA júnior USP. 
Portanto, se você souber as vantagens e desvantagens que ele tem ao
fechar ou não com sua empresa, você pode dar as cartas.

6-
Comprar à vista
pode ser uma boa estratégia para obter
descontos com o fornecedor, algo que será repassado depois ao cliente.

7 – Faça compra casada atrair o fornecedor e obter melhores
preços. “Utilizando a mesma orientação sobre a importância da venda casada para
agregar valor e aumentar o faturamento da empresa, a compra casada também é uma
ótima técnica de negociação para reduzir o valor da sua compra e a saída de
recursos financeiros do seu fluxo de caixa”, aponta Natal.

8 – Crie parcerias. Um exemplo é discutir melhores condições de pagamento para sua empresa, esticando o prazo sempre que possível. Se você beneficiará o seu fluxo de caixa, o fornecedor terá a garantia de compra numa próxima negociação e/ou uma garantia de quantidade mínima mensal de compras.

9 – Mas evite concentração, pois embora parcerias e compras casadas sejam
bem-vindas, é importante ficar atento para encontrar novos fornecedores, o que
trará uma disputa de qualidade entre eles. “Se uma empresa oferecer um valor
muito abaixo do mercado, avalie o custo x benefício dessa negociação”, ressalta
o especialista do Sebrae-SP.

A avaliação é compartilhada por Walber
de Sousa. “Evite comprar muito de um único fornecedor, mesmo ele tendo o melhor
produto para sua empresa. O risco da concentração pode ser fatal”. Quando se
altera as compras, segundo ele, você ganha em flexibilidade e aumenta o
interesse dos fornecedores em estreitar o relacionamento com sua empresa, o que
pode render novos descontos.

10 – Oficialize tudo no contrato. É importante que todas as condições
estejam registradas em um contrato. É a segurança que tanto a sua empresa
quanto a empresa contratada irão cumprir com as obrigações e deveres que
constam na relação comercial entre elas”, completa o especialista do Sebrae-SP.

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