O terceiro dia na atração do Talks Future Têxtil (18), contou com palestras dedicadas à temática de liderança mais humana e inteligente nas empresas do setor de estamparia, como chave essencial para o crescimento dos negócios.

Entre algumas das convidadas de destaque no palco, o Talks recebeu Ana Lúcia Di Bartolomeo, Diretora da Total Estampas, e Talita Raimo, da Prana Estampa.

Confira abaixo alguns dos principais destaques das palestras de hoje:

Para ter a equipe certa, o líder deve olhar para si mesmo

São vários os casos de empreendedores que têm grandes ideias para seus negócios mas, na prática, a empresa quebra. No Brasil, isso é evidente na média de vida de startups, que gira em torno de apenas 5 anos.

Para Ana Lúcia, a primeira palestrante do dia na Talks Future Têxtil, um dos principais motivos que leva à derrocada de empresas com potencial de crescimento é a falta de habilidade do empreendedor de se portar como um líder.

“Tem vários empresários que somente têm experiência técnica e operacional. Ele não é bom com pessoas, o que faz com que ele não seja bom em liderar”, explica Ana.

A forma como esse erro grave se manifesta são vários: líderes que são muito distantes de suas equipes, ou também aqueles que se sobrecarregam com muitas tarefas, ou até mesmo os que se aproximam muito dos seus colaboradores, e, são incapazes de dizer “não” aos seus erros pois os enxergam como amigos e família.

Independente de qual seja exatamente a raíz da má liderança, o resultado é o mesmo: a grande dificuldade em gerir o negócio.

Anteriormente, Ana Lúcia precisou reinventar-se drasticamente no momento que seu local de nascimento da marca, o bairo do Bom Retiro, em São Paulo, não estava mais sendo o suficiente para levar a empresa a crescer. Assim, percebeu que era hora de expandir para novos lugares.

Para isso, ela precisava da equipe certa para ser bem-sucedida, o que a levou a compreender de forma muito mais profunda o lado humano de seu trabalho como gestora.

“Uma coisa que aprendi na marra e aconselho a vocês que estão começando com seus negócios próprios: tenham bem definidos quais são seus valores, visão e missão da sua empresa”, explica Ana Lúcia. “A partir desses três pilares é que você vai definir o tipo de perfil que você quer trazer para sua empresa”.

Para que um líder se conecte melhor com pessoas que vão trazer crescimento para sua empresa, é necessário que saiba exatamente o que busca em suas trocas no dia a dia. Por isso, definir a cultura da empresa vai muito além de mera formalidade, como Ana Lúcia explicou.

“O ideal é que você tenha todos esses pontos decididos antes mesmo de você abrir a empresa, porque essa vai ser a base para você entender exatamente como avaliar os seus colaboradores, assim como melhor decidir quais são os melhores profissionais para trazer para a sua equipe daqui para frente”, justifica a Diretora.

Além disso, Ana ainda sugeriu outras atitudes importantes a serem tomadas na busca de criar a equipe ideal, como a importância de ter cada cargo e função bem definidos internamente, assim como os processos.

“Saiba exatamente como tudo deve funcionar dentro da empresa e comunique isso claramente aos seus colaboradores. Monte um organograma com todos os cargos e funções da empresa e não esqueça de fazer apostilas também com esse conteúdo, para que assim ninguém jamais possa dizer que fica perdido em momentos que você não pode estar perto da equipe”, concluiu a palestrante.

Vendendo (e crescendo) em tempos de crise

Agora, o que um líder deve fazer quando seu problema não está na interação com as pessoas de sua empresa, mas sim com as vendas? E pior, quando os motivos por trás disso nem sempre estão dentro do alcance dele, como fatores econômicos do país, por exemplo? Talita Raimo, CEO da Prana Estampa, respondeu essas perguntas durante sua palestra.

Empreendedores, além de saber quando devem ser líderes e motivar seus colaboradores e parceiros, precisam também entender quando devem tomar uma postura mais analítica, para que possam captar oportunidades no varejo e ficarem atentos a possíveis ameaças externas, sejam concorrentes, ou mesmo a situação econômica do país.

Um desses momentos mais críticos é quando a economia se encontra em um momento de baixa, que é quando os consumidores ficam mais céticos quanto aos seus gastos.

“Reinvente as suas estratégias de acordo com o perfil do seu cliente e o que ele precisa atualmente. Importante lembrar que isso sempre é algo que pode mudar quando você menos espera”, afirmou Talita, ao trazer o exemplo da pandemia de COVID-19.

Esse acontecimento foi algo que ninguém tinha antecipado, mas forçou grandes transformações em todos os setores, um grande percentual do consumo passando a ser inteiramente online. Àqueles que não conseguiram acompanhar a onda de fortalecimento do e-commerce e demoraram para reagir ficaram para trás.

“Quando algo que você faz passa a não dar certo mais, por qualquer motivo que seja, estude novamente seu mercado” disse a palestrante. “Se precisar, é muito bom fazer isso, busque expandir-se geograficamente, ou experimente novos mercados. Não fique estagnado e não se deixe levar pelo desespero.”

No momento em que um empreendedor se sente perdido, é necessário ter clareza, como reforça a especialista. “Não se deixe tomar pela emoção. Saiba primeiro onde você está e, depois, pense onde exatamente você quer chegar. A partir desse primeiro passo, por mais simples que possa parecer, é o caminho para que você comece a descobrir o ‘como’ você chegará lá”, concluiu a palestrante.

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