Nesta quinta-feira (11), a manhã da Feira FuturePrint contou com uma programação especial. O Fórum Chapas Plásticas, anteriormente Fórum do Acrílico, iniciou às 11 horas da manhã, com uma programação especial para convidados.  

João Orlando, do ILAC – Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico, presidiu a mesa e abriu a programação com uma palestra sobre “Como identificar corretamente chapas plásticas de produtos fakes”. 

O palestrante reforçou a importância de conferir as normas de segurança e de qualidade, seja a brasileira ABNT, ou as internacionais, ASTM, DIN ou ISSO.  

Para identificar as placas de acrílico verdadeiras, João Orlando explicou sobre 3 indicações que devem ser verificadas.  

A primeira, referente a ISSO 1183, diz respeito ao peso específico e densidade. Esse número serve para cálculo do valor da matéria prima, do custo de produção e peso final da peça.  

A segunda, referente a ASTM D1003, corresponde a transparência ou transmitância luminosa. Um dos exemplos citados para explicar melhor sobre o nível de transparência do acrílico, são os aquários em grandes cidades como, São Paulo, Dubai e Rio de Janeiro, que mesmo com alta espessura, conseguem manter a transparência. O outro exemplo são os logos de lojas que ficam em ambientes externos e são montados com um adesivo coberto por acrílico.  

Por fim, a terceira indicação, referente ao ISSO 11359, é sobre a contração e dilatação do material. Principalmente para as peças de comunicação visual que ficam expostas ao sol, o indicado é deixar uma folga entre as chapas.  

João Orlando deu uma dica valiosa: “é necessário deixar uma folga entre as chapas de, pelo menos, o dobro do diâmetro do parafuso”, pontuou.  

O palestrante explicou que o ILAC possui um programa de homologação das chapas plásticas num teste com 8 etapas sobre as características das chapas. João Orlando explicou que, em São Paulo, não é apenas o ILAC que realiza os testes. “Se você não é associado do ILAC, também consegue realizar esse teste através do UFSCAR, no CCDM, onde tem uma estrutura completa para fazer as análises e garantir que você realmente está utilizando acrílico. Exija que seus fornecedores realizem testes”, finaliza.  

Marcas expositoras também apresentam no Fórum Chapas Plásticas 

Durante a programação do Fórum Chapas Plásticas, alguns dos expositores da FuturePrint também participaram com palestras dedicadas ao mundo do plástico. Impressão UV, Termoformagem e Gravação a Laser foram os temas debatidos, confira a seguir.  

Impressão UV em Chapas Plásticas 

Arthtur Iwama, da Epson, explicou sobre o processo de impressão ultravioleta. Destacando as vantagens como, qualidade e durabilidade. O especialista da Epson reforçou que a cabeça de impressão e lâmpada UV ser do tipo LED é um dos pontos fundamentais para bons resultados.  

Iwama destacou o lançamento da Epson da Impressora Sure Color V7000, que funciona com mais de 10 cores, incluindo branco e verniz simultâneo, além de funcionar em peças de maior espessura e possuir o selo greenguard – um selo dedicado para identificar baixa emissão química e contribui para ambientes interno mais saudáveis.  

Durante a mesma palestra, Willian Judah, da Day Brasil, que também é uma das parceiras da Epson, apresentou sobre a importância das Chapas Plásticas e da escolha correta de cada uma para o projeto que será desenvolvido.  

O especialista explicou sobre alguns dos principais tipos de chapas do mercado: poliestireno e acrílico. 

Produzido a partir do processo de extrusão, o Poliestireno, dividido em 3 tipos, PSAI (de alto impacto), Tricamada e PS Cristal. Cada um tem uma espessura, e, no geral, são utilizados para projetos de comunicação visual mais baratos. No entanto, perdem a qualidade e não possuem proteção UV, por isso, devem ser utilizados em ambientes internos.  

Já o acrílico é produzido por meio de aplicação de MMA dentro de duas placas de vidro, sendo que a distância entre essas placas define a espessura da placa. Algumas das características são as proteção UV – o que permite que pode ser utilizado até mesmo em construção civil em coberturas -, além do acabamento de alta qualidade, a possiblidade de trabalhar com diversas espessuras e eliminar pequenos riscos que podem surgir no manuseio da placa, a partir do processo de polimento.   

Termoformagem de Acrílico  

Luana Tavares, da Vacuum Center, e Daniel Pontoni, da Cristal & Cores, se juntaram num debate para desmistificar a termoformagem do acrílico.  

Tavares explicou que é possível realizar o processo de moldagem, no entanto, é necessário a expertise para realizar o processo. “Tem muita gente com máquina parada, porque compram a máquina errada, e não estou falando de fabricante ou vendedor, mas sim das especificações da máquina das necessidades da pessoa”, afirma.  

Pontoni conta que alguns passos são fundamentais para garantir o processo. “O controle de temperatura da máquina, uniformidade e estabilidade, além dos ajustes necessários na máquina para a peça final”, pontua. Ele também explica que a variação de cores e composição química interfere no ajuste da máquina, “a prensa não se vira para moldar, uma chapa branca e uma chapa transparente precisam de configurações diferentes”, conclui. 

A dupla fechou a programação explicando sobre a importância da sustentabilidade e do descarte correto do acrílico.  

Resultados Chapas Plásticas Laminadas para Gravação Laser ou Router 

Jackson Schneider Nunes e Roberto de Grandis, da JR Laser Technology, apresentaram sobre os cortes em laser e router nas placas de acrílico.  

Schneider explicou que o acrílico já vem sendo utilizado há mais de 20 anos. No entanto, no início utilizavam um plástico laminado sem muita qualidade, o que acabava ficando evidente com o resultado das peças. Depois, com maior qualidade, o fundo e a capa fundidos com capas contrastantes passaram a ter mais camadas para exposição das cores com laser.  

Para os cortes, o palestrante indica que os melhores tipos são de cerâmica e metal, no entanto, deve-se analisar as necessidades de cada produção.  

Por outro lado, Grandis explicou sobre o processo de gravação router, no qual o cuidado deve ser maior, já que apesar da diversidade para os tipos de materiais cortados, existem alguns cuidados a mais que devem ser tomados.  

Um desses cuidados é em relação a fixação da chapa a ser cortada na máquina. No geral, pode ser realizado com fita duplaface, mas existem algumas soluções no mercado que são uma espécie de borracha, que funciona como “pata de lagartixa” e auxilia no processo de fixação para que a placa permaneça no lugar e não tenha erros na gravação.  

Outro cuidado é na escolha do material. ABS, PVC, Vinil, Policarbonato Lexan, Plástico HDPE e MDF podem causar riscos de toxicidade e incêndio. Por isso, o acrílico é um dos melhores materiais para trabalhar com esse tipo de corte, garantindo durabilidade e bons resultados.