Sempre atento ao melhor custo x benefício para o seu negócio, é comum que o empreendedor tenha dúvidas em relação ao melhor papel para sublimação. Afinal, assim como a tinta e o equipamento, a qualidade desse material é fundamental no processo sublimático. Existem algumas caraterísticas essenciais que devem ser analisadas antes de adquiri-lo. E eu destaco aqui três delas: escolha do fornecedor, modelo do papel que será utilizado e gramatura do material.
Antes de mais nada, é imprescindível que a sua estamparia opte tanto por um fabricante quanto por um distribuidor que seja confiável, tenha know-how de mercado e consiga entregar o produto respeitando prazos e as particularidades da sua escolha. O papel sublimático, responsável por transferir a estampa para o tecido, é essencial neste processo, por isso, se não for de qualidade, resultará em diversos problemas, como desenhos distorcidos ou com “fantasmas” e cores menos vivas e distintas, capazes de comprometer a qualidade da peça. Muitas vezes, o barato pode sair caro e isso implica, inclusive, na perda de clientes.
Em segundo lugar, esteja atento às opções de papel disponíveis no mercado. Existem três tipos mais comuns utilizados hoje:
- Papel sulfite: este é o mais convencional, comumente utilizado nos tamanhos A3 e A4. Por ser um material sem nenhum tratamento para sublimação, acaba utilizando mais tinta durante o processo pelo fato de a coloração ser facilmente absorvida pelo papel. Por isso, sua utilização é mais indicada para impressões de pequena escala ou produtos que não tenham a necessidade de seguir um alto padrão de impressão. Hoje, o papel sulfite é uma escolha comum em empresas de pequeno porte, mas vem sendo substituído pelo papel tratado (detalhamento abaixo), sobretudo quando o gestor busca mais produtividade, coloração e economia para o seu negócio, principalmente em impressões de maior escala.
- Papel monolúcido: bastante parecido com o sulfite, também não recebe tratamento químico especial, mas conta com uma face brilhante derivada de um processo físico que resulta no “selamento” do papel. Ele proporciona, na maioria dos casos, um acabamento com cores mais vivas, se comparado à opção anterior.
- Papel tratado: este material tem se tornado cada vez mais comum no país , sendo a principal opção de empresas com impressão em larga escala. Por receber um tratamento químico especial, a tinta fica na superfície do papel durante a impressão, transferindo-a quase que totalmente para o tecido, o que resulta em uma redução de consumo e melhor aproveitamento do insumo.
O terceiro aspecto a ser considerado – tamanho e gramatura do papel – também tem grande peso na hora de garantir a escolha certa. Conforme a estampa escolhida, a gramatura do papel pode ser o ponto chave para uma boa qualidade – existem opções que vão de 30g a 120g.
Os tamanhos variam entre A3 e A4 (para produções em impressoras de baixa escala), rolos de 160mm X 200mm (ideais para produções com impressoras em média escala), o papel jumbo de 160mm x 2500mm ou até bobinas com 8 mil metros (ideais para produções com impressoras industriais em grande escala).
Para a escolha da espessura do papel, deve-se levar ainda em consideração a finalidade da impressão. Além disso, a velocidade de secagem também deve ser observada para garantir um bom índice de produtividade. Uma boa maneira para isso é observar se a carga de tinta está adequada, pois quanto menos tinta houver no papel, mais rápida será a sua secagem. No trabalho de impressões em larga escala, por exemplo, uma tendência cada vez mais comum é a utilização de gramaturas menores.
A variação de gramatura e o tratamento aplicado no papel interferem diretamente na qualidade e produtividade da impressão. Papéis com gramaturas menores, que não possuem tratamentos, são mais utilizados em estampas com desenhos com menos carga de tinta. Já papéis com gramatura maior, são utilizados em desenhos que exigem uma carga maior de tinta, como materiais esportivos.
Por fim, não se esqueça de dois cuidados relacionados à sublimação: os papéis precisam ser conservados em local seco e bem arejado, pois o contato com a umidade pode danificá-los. Além disso, é importante realizar uma aplicação teste antes da produção, para verificar qual o melhor resultado sobre a matéria prima.