Quem trabalha no mercado de estamparia têxtil provavelmente já se perguntou em qual método deve mais investir: impressão direta em tecido ou sublimação. Pensando nisso, separamos as vantagens e desvantagens de ambos para ajudá-lo a decidir qual o melhor para o seu negócio, de acordo com suas condições e estratégia de mercado. Confira!

Impressão direta em tecidos

A impressão direta em tecido, também conhecida como DTG (direct to garment), está ganhando cada vez mais espaço no mercado por permitir que estampas sejam impressas diretamente em tecidos de fibras naturais que contenham, no mínimo, 50% de algodão em sua composição. O método, contudo, necessita de cuidados especiais.

“É necessário fazer um pré-preparo, ou seja, sensibilizar o tecido com algum produto para que a tinta penetre nas fibras, além de um pós-preparo, normalmente com vaporização para parar o processo de sublimação e fechar as fibras”, explica Marco Antônio Andreoni, professor de design têxtil e de estamparia da FAAP.

Dessa forma, o processo de impressão direta é mais complexo e, portanto, tem um custo mais elevado quando comparado com a sublimação.  Além disso, são necessárias máquinas específicas e um alto consumo de água para que seja possível obter os resultados desejados.

No entanto, a impressão direta tem como vantagem a alta variedade de tecidos com fibras naturais e o conforto proporcionado por eles. Algumas das matérias-primas desses tecidos, inclusive, também são renováveis, colaborando com a sustentabilidade.

Sublimação em tecidos

“Tecidos com fibras sintéticas ou com alguma mistura de fibras naturais, assim como soluções em larga escala, pedem a sublimação”, diz o professor Andreoni. No entanto, quando há a mistura de fibras, a solidez de cor demanda mais investimentos para ser obtida.

Na sublimação, a imagem ou estampa é transferida do papel, seja ele offset ou digital, para o tecido. Quanto maior a quantidade de fibras sintéticas no tecido, mais qualidade e fidelidade de cores a impressão terá.

Vale lembrar também que, na impressão por sublimação, são realizadas duas fases. Na primeira, há a impressão do papel transfer, e na segunda, a estamparia por meio da prensa térmica. Dessa forma, quando a tinta que está no papel transfer entra em contato com o tecido por meio de calor e pressão, ela evapora e penetra na fibra do material.

Na sublimação, a transferência da estampa acontece por meio da pressão e da alta temperatura. Atualmente, o método é usado em birôs, estamparias de moda fashion, moda esportiva, decoração de interiores e comunicação visual.

Impressão direta e sublimação: como escolher a melhor técnica?

Para escolher entre a impressão direta e a sublimação, Andreoni sugere que o profissional tente focar no cliente.

“Entenda qual o uso que o seu cliente dará ao produto final para saber os tecidos, as matérias-primas e os acabamentos necessários. Trazer o cliente para dentro do processo, nesse sentido, faz toda a diferença para oferecer produtos finais competitivos e de qualidade.”

No caso de trabalhar com tecidos de fibras naturais, o professor recomenda avaliar os processos para entender qual o mais viável financeiramente, justamente pelo custo elevado. “Assim, é possível dimensionar a capacidade de produção”, conclui.

Você trabalha com impressão direta e/ou sublimação no mercado têxtil? Compartilhe a sua experiência conosco no campo de comentários abaixo e até a próxima.