Quem trabalha na área sabe que a impressão gráfica em grandes volumes depende do uso de máquinas modernas e técnicas cada vez mais rápidas e flexíveis. Neste contexto, a flexografia se destaca.
Muito utilizada na impressão de embalagens e rótulos, a técnica funciona de forma similar a um “carimbo”. Nela, somente as áreas em alto relevo recebem tinta, as demais, por serem mais baixas, não recebem a impressão.
Quer saber mais sobre essa técnica e suas principais vantagens? Então, acompanhe o artigo.
O que é a flexografia?
Bastante flexível, a flexografia é um sistema de impressão direto e rotativo que utiliza clichês em relevo. Eles recebem tinta e a transferem para a superfície a ser impressa, sempre na quantidade adequada.
Na transferência há o uso de uma chapa que contém o desenho a ser impresso, conhecida como chapa flexográfica.
Para simplificar, imagine o uso de um carimbo para passar o desenho de um logotipo para o papel. O conceito é o mesmo!
A diferença é que o papel é substituído por embalagens flexíveis, papelão ou até mesmo cerâmicas de revestimento ou técnicas.
Como funciona a impressão flexográfica?
O processo de impressão flexográfica envolve diversas etapas. Mas antes de saber quais são, convidamos você a conhecer os equipamentos mais adequados:
- Tinta: utilizada para dar a cor desejada ao desenho;
- Cilindro de anilox: representado por um cilindro com microfuros que captam a tinta no tanque e a transferem, na quantidade ideal, para o clichê;
- Rolos: adotados para segurar a placa de clichê, utilizada para transferir a arte de impressão;
- Clichê: contém o desenho de o que será impresso.
Com base nestes equipamentos, os processos são realizados conforme a seguinte sequência:
- Criação do clichê: a imagem a ser impressa é transferida para uma chapa flexível, formando o relevo;
- Enchimento dos poços: a tinta é aplicada nos pontos mais altos do clichê;
- Impressão: o clichê entra em contato com o material a ser impresso, transferindo a tinta;
- Secagem: a tinta seca rapidamente, permitindo a continuação do processo.
É importante salientar que o clichê, responsável por transferir a tinta para o produto, deve ser fixado de forma adequada ao rolo. Com isso, a impressão irá ocorrer da melhor forma possível e com o mínimo possível de erros.
Vantagens da flexografia
A flexografia recebe esse nome pois ela se baseia na impressão de diversos tipos de materiais flexíveis, caso de plásticos, papeis, papelão ondulado e alumínio.
Além disso, essa técnica tem cerca de 100 anos! Ela surgiu no começo do século XX, por meio dos fabricantes de máquinas Holweg, Windmoller & Holscher e Fischer & Krecke.
Estes especialistas desenvolveram novos elementos como tintas, peças e, um dos principais produtos para a origem da flexografia, o fotopolímero.
Desde então, a técnica foi sendo aperfeiçoada e aumentando seus benefícios e vantagens.
Acompanhe a seguir algumas das principais possibilidades geradas pela utilização da flexografia:
Boa qualidade da impressão
Na fabricação de rótulos, a flexografia é o processo mais eficiente, especialmente diante dos avanços das inovações tecnológicas e da digitalização de clichés.
A flexografia promove uma impressão de ótima qualidade, com níveis de resolução e lineatura totalmente elevados.
Também permite imprimir efeitos especiais com tintas metálicas ou mesmo fluorescentes.
Redução de Custos
Por dispensar a gravação de cilindros, os custos envolvidos na flexografia são bem menores.
A utilização de fotopolímeros ou elastômeros flexíveis elimina o uso de cilindros. Além de estes materiais serem mais acessíveis, os gastos com rótulos, etiquetas e embalagens são reduzidos e sua qualidade aumenta.
Redução do desperdício
Com a técnica é possível determinar a quantidade de tinta que será utilizada durante o processo de impressão, tornando o procedimento mais previsível e assertivo.
Logo, o custo é mais competitivo, reduzindo desperdícios e o uso excessivo de tinta.
Flexibilidade da quantidade mínima
A evolução da tecnologia também promove uma maior flexibilidade na quantidade mínima solicitada.
Devido ao custo de gravação ser menor e a correção de cores ser mais rápida, as alterações no projeto podem ser realizadas sem que haja uma grande diferença no valor final do pedido.
Logo, a flexografia é bastante competitiva em tiragens pequenas e médias, que representam a realidade do mercado atual.
Cuidados necessários com a flexografia
O principal item da flexografia é o clichê. Ele é o responsável por passar o desenho para o produto.
Assim, caso um clichê seja danificado ou usado de forma inadequada, a impressão pode ser prejudicada e, em muitos casos, inviabilizar todo o processo.
Por isso é necessário tomar o máximo de cuidado durante o processo de montagem do clichê em seu suporte.
É essencial evitar bolhas ou mesmo um descolamento do rolo de transferência. Com isso, a qualidade da impressão será preservada, com a máxima velocidade possível.
O uso de fitas de montagem de alta qualidade é uma boa indicação neste sentido. Estes itens devem permitir a correta colagem do clichê ao rolo.
Também devem suportar a alta velocidade de impressão, evitando assim o descolamento das bordas do clichê.
Além de aumentar a vida útil e a aderência do clichê ao rolo, as fitas reduzem o esmagamento sofrido pelo clichê, facilitando a transferência de tinta e reduzindo possíveis problemas na impressão.
Por que a flexografia é tão popular?
Como você viu, a flexografia se destaca por sua versatilidade e capacidade de imprimir em alta velocidade, o que a torna ideal para a produção em massa de embalagens e outros materiais.
Além disso, a técnica possui uma série de aplicações:
- Embalagens diversas: caixas de papelão, sacos plásticos, rótulos, embalagens flexíveis;
- Materiais promocionais: adesivos, banners, cartazes;
- Produtos de higiene pessoal: embalagens de sabonetes, shampoos etc.;
- Indústria alimentícia: fabricação de embalagens para alimentos processados diversos.
Por fim, mas não menos importante, a qualidade das imagens e a possibilidade de adoção de tintas ecologicamente corretas são fatores que contribuem para sua crescente demanda no mercado gráfico.
