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Dia do Serígrafo: Celebrando a Arte e a Técnica da Serigrafia

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Comemorar o dia do serígrafo é celebrar a arte da estamparia e entender a técnica milenar da serigrafia. Leia nosso artigo e saiba mais sobre essa arte.

Instituída pelo Projeto de Lei nº 1.637, de 2003, o dia 28 de março é dedicado ao Dia do Serígrafo em todo o Brasil. Em poucas palavras, podemos dizer que o serígrafo é o profissional que adota a técnica de aplicar um desenho, arte ou figura em uma superfície com tinta através de uma tela.

Muito versátil, a serigrafia é uma técnica de impressão que permite obter uma grande variedade de resultados. Então nada melhor do que o dia 28 de março para que nós da Futureprint pudéssemos celebrar a arte da serigrafia.

Para isso, convidamos com Claudilei Simões de Sousa, ou simplesmente Sousa, administrador do jornal “O Serigráfico”, para falar sobre a história da serigrafia e tudo que envolve essa profissão tão interessante.

Breve história da serigrafia

A serigrafia, união dos termos seri (seda) e gráfia (escrever ou desenhar), é um processo milenar que, segundo algumas pesquisas, começou a mais de 5 mil anos A.C, nas ilhas Fiji.

Mas o que importa realmente é sua trajetória dentro do conceito profissional, apesar de ter andado pela China, Egito, Japão, onde existem resquícios de sua utilização, em alguns estudos não confirmados.

A serigrafia já utilizou cabelos humanos e cera de abelhas para a confecção de telas. Depois passou a utilizar a seda para confecção das molduras para impressão serigráfica”, destaca Sousa.

Mas foi somente nos anos 20 que a serigrafia começou a ser utilizada em meios profissionais com a utilização de telas construídas para moinhos de farinha na Europa. 

Daí em diante foram desenvolvendo dia após dia melhores condições e tecidos técnicos exclusivamente para serigrafia. “O apelo artesanal e os artistas plásticos contribuíram e muito para esse desenvolvimento, tendo em vista que as obras de arte reproduzidas por serigrafia tinham valor comercial, tanto quanto o original”, destaca o diretor do Jornal O Serigráfico.

No Brasil, Sousa explica que a serigrafia ganhou espaço nos anos 40. “Nossos artistas começaram a assinar suas reproduções por serigrafia. E este foi um desafio, pois muito pouco se sabia da técnica, alguns “mágicos”, se colocaram à disposição para esse trabalho, o que requer muito de cada serígrafo, pois não existia literatura para entenderem a profundidade e complexidade da técnica”.

Os tecidos eram produzidos na Europa e a importação não era fácil, muitos dos profissionais da época usavam colas para vedar as telas e revelavam no sol. Já os rodos não eram de borrachas especiais, tanto que em alguns momentos utilizaram a borracha das sandálias como rodo.

Mas afinal, o que é a serigrafia?

A serigrafia, ou silk-screen, é representada por um processo de impressão realizado a partir de um estêncil. Neste processo, a tinta é prensada por meio de um pequeno crivo para um substrato. Originalmente, as telas foram confeccionadas com seda, dando o nome ao processo.

De modo geral, a serigrafia é bastante versátil, funcionando em vários tipos de materiais e superfícies. Isso faz com que seja bastante usada, principalmente em produções de larga escala de camisetas, canecas e cartazes.

Aparentemente, muita gente pensa que a serigrafia é pegar um quadro, esticar uma tela, pegar um rodo e a mágica acontece, mas não é bem assim! Essa técnica precisa de conhecimento de cores, hoje chamado de Colorimetria, entender os detalhes de meio tons, como compor as cores para se chegar a um resultado desejado”, explica Sousa.

Assim, quando se trata de itens de vestuário, decoração e marketing, a serigrafia certamente continuará a evoluir, acompanhando as tendências que farão com que o dia do serígrafo permaneça relevante. 

E inevitavelmente surgirão novas tintas, técnicas e tecnologias que permitirão aos serígrafos criar designs e efeitos nos quais ainda não haviam pensado.

Serigrafia como profissão no Brasil

Durante muitos anos, muitas foram as dificuldades do serígrafo na realização da sua “arte”. 

Mas, Sousa destaca que a garra e persistência de nossos profissionais não deixaram e não deixam nada a desejar aos grandes centros mundiais que trabalham com serigrafia.

Muitos dos nossos serígrafos se apaixonaram pela arte e mostraram que é possível imprimir desde a roupa da moda aos mais complexos outdoors. Aprenderam também a utilizar o fotolito, emulsões fotossensíveis, a explorar a entrada do computador no cenário das impressões”.

Com isso o administrador do jornal O Serigráfico explica que a serigrafia foi se firmando como uma profissão, com muitas empresas ensinando a técnica e ajudando a desenvolver o mercado. 

Foram criadas também pequenas escolas que tornou possível a disseminação da profissão. Isso deu acesso e ajudou a serigrafia a participar da da inclusão social, levando essa técnica para o mercado a impressão de capas de LPs, depois CDs. 

Entrou também na música e no carnaval, tanto que os grandes desfiles usam fantasias, abadás confeccionadas por serigrafia.

É um universo que fica escondido atrás da arte, mas com muito significado na cultura popular. A moda não teria as cores que hoje se apresentam sem a serigrafia. Essa é a arte que dá asas aos magos da moda, da cor à imaginação e tingir tecidos, lonas e tudo o mais que se possa pensar em decorar”, afirma Sousa. 

Novas tecnologias surgem, mas a serigrafia ainda será usada!

A “Velha Senhora”, como Sousa costuma chamar a serigrafia, é atual, gentil e inspiradora, imprimindo sobre qualquer substrato e dando vida aos mais exigentes desafios de decoração de um produto qualquer. 

Assim, mesmo com o surgimento de novas tecnologias, como Carrossel, impressoras semiautomáticas e impressão progressiva. E, apesar do desenvolvimento de técnicas de impressão digital, DTF, DTG, TRANSFER, Sousa tem certeza de que vamos continuar a utilizar a serigrafia por muitos anos.

A “velha senhora”, se reinventa, aceita desafios e supera todos os obstáculos. Seu processo de impressão é único e poderoso, seus seguidores são milhões, mundo afora, nada nem ninguém vai derrotar essa técnica milenar!”, afirma.

É claro que a serigrafia pode sim, agregar tecnologia e trazer novos processos, tintas e suprimentos para melhorar o trabalho, permitindo que essa arte se torne mais bela e admirada.

Por fim, Sousa deixa seu recado para o dia do serígrafo:

Amigos serígrafos, parabéns por abraçar essa arte que chamamos de serigrafia, aprendam, pois, muitos que se intitulam serígrafos, estão longe de conhecer as malícias e as armadilhas da Velha Senhora”.

Parabéns, serígrafos. Aproveitem o seu dia conferindo outros artigos sobre serigrafia no canal digital da FuturePrint

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