Se você vive na informalidade e almeja crescer, uma coisa é inevitável: formalizar o seu negócio de comunicação visual. A informalidade pode parecer uma boa alternativa para quem começa um negócio próprio, mas ela nada mais é do que uma pedra no sapato de quem espera alçar voos altos na vida do empreendedorismo.

Por que formalizar seu negócio de comunicação visual?

A principal vantagem de formalizar o seu empreendimento é a possibilidade de prestar serviços para empresas que exigem nota fiscal, que são a maioria absoluta do mercado. Boa parte das oportunidades de negócios gerados em uma empresa de comunicação visual envolve uma grande empresa ou um anunciante de peso, seja na simples impressão de um adesivo ou na produção de lonas de grandes formatos para um painel, por exemplo. Em ambos os serviços, o cliente vai exigir que seja emitida uma nota fiscal para justificar a saída de capital.

Percebe que o que influencia negativamente a sua informalidade, na verdade, é a formalidade das demais empresas que não vão querer fechar negócio com você?

O que também assombra a vida de quem vive na informalidade é o risco que se corre com insumos sendo apreendidos pela fiscalização e até mesmo a possibilidade de fechar as portas por conta das pesadas multas por não estar com a documentação em dia. E se seu negócio emprega pessoas, essas multas podem ser ainda maiores: você corre o risco de ter que pagar os encargos trabalhistas atrasados de todos os seus funcionários.

Outras vantagens da formalização ainda envolvem o acesso a linhas de crédito com boas taxas de juros nos bancos e a possibilidade de poder prestar serviços para o governo, seja ele municipal, estadual ou federal, estando apto para participar de licitações – e aí moram ótimas oportunidades de negócio.

Como formalizar sua empresa

O primeiro passo é decidir qual o enquadramento jurídico que a sua empresa terá. Você poderá optar pelo regime de Microempreendedor Individual, Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, dependendo do seu faturamento estimado. A maior parte das empresas de comunicação visual se encaixa, especialmente no início de suas atividades, no Simples Nacional, mas sempre vale a visita a um contador para que ele indique qual o melhor regime tributário para o seu caso.

E por falar em impostos, a Lei Complementar nº 128/2008 indica que as alíquotas do Simples Nacional para esse ramo de atividade sejam de 6% a 17,42%, dependendo da receita bruta do seu negócio. O ideal é centralizar essas informações de impostos, as suas necessidades de pessoal, estrutura, equipamentos, matéria-prima, a organização do processo produtivo, capital de giro e os custos com divulgação em um Plano de Negócio, um documento único que vai apontar a viabilidade da sua empresa e nortear a gestão em relação às metas que você precisa atingir para que o negócio seja viável.

Outra questão que precisa ser avaliada é se você terá sócios ou não. Isso modifica a estrutura do contrato social, documento obtido após formalizar o negócio. Definindo isso, basta realizar o cadastro para dar entrada nas licenças necessárias nos diversos órgãos públicos, como a Prefeitura da sua cidade, a Junta Comercial, a Receita Federal, a Secretaria de Fazenda e cartórios da região.

Quem já superou a informalidade atesta as vantagens no mercado de comunicação visual

Rejane Brehmer, coordenadora financeira na Fácil Comunicação Visual, lembra da época em que a empresa estava começando: “Começamos na informalidade, pois adquirimos uma máquina e queríamos iniciar a produção para pagar o investimento. Mas o retorno era muito baixo, porque não conseguimos fechar negócio com quase ninguém. As empresas para quem oferecíamos o serviço não aceitavam trabalhar com a gente. Aí decidimos formalizar, lá em 2007. Com isso, começamos a atender diversas agências de propaganda e nos tornamos uma das principais empresas de comunicação visual da região”, relembra.

Ivo Benkhe, proprietário da Benke Comunicação Visual, imagina como seria o seu negócio se estivesse na informalidade: “Hoje, somos muito fortes na comunicação visual para supermercados. Representa muito no nosso faturamento. Não tenho dúvidas de que não poderíamos atender nenhum desses clientes e não chegaríamos aqui se a empresa fosse informal. Provavelmente, ainda estaríamos voltados para a pintura de muros e fachadas, como começamos há 30 anos ”.

Passar pelo processo de formalizar a empresa é uma etapa fundamental para quem quer crescer. Como vimos, a ajuda de um contador é recomendado nesse processo para que tudo seja feito sem dores de cabeça e da maneira mais rápida possível, visto que a burocracia pode atrasar o início da sua operação.

Então, já sabe: se você notar que os negócios estão indo mal, não pense em formalizar como uma forma de pagar mais impostos, mas, sim, de conquistar novos clientes. Essa pode ser a salvação para a sua empresa de comunicação visual nesses tempos de crise.

Quer mais dicas de como aumentar as vendas no seu negócio e ficar por dentro das novidades do setor? Acompanhe nosso canal de conteúdo.