A sublimação em tecidos escuros ainda é um tema que levanta muitas dúvidas entre os profissionais do setor. Pensando nisso, preparamos, a seguir, um guia simples sobre o tema para você aperfeiçoar ainda mais os seus trabalhos. Confira!

Por que a sublimação em tecidos escuros é mais complexa?

“Acredito que todos os processos de estamparia possuem suas vantagens e limitações. E com a sublimação não é diferente. Afinal, uma grande vantagem dessa técnica é a quantidade de cores com as quais podemos estampar para reproduzirmos, praticamente, tudo o que desejamos. Entretanto, temos limitações quando o assunto são os tecidos escuros, principalmente os de cor preta”, analisa Pedro Henrique Oliveira, professor de sublimação em pequenos formatos da PhD Sublimação.

De acordo com o especialista, essa limitação acontece porque não existem tintas sublimáticas na cor branca, “que seria a cor base para outras, assim como ocorre na serigrafia, por exemplo”, declara.

Como acertar na sublimação em tecidos escuros?

A solução, infelizmente, não está em esperar o lançamento de uma tinta branca. “Conversando com um químico recentemente, ele afirmou que seria impossível criar a tinta na cor branca para a sublimação”, esclarece o professor.

Dessa forma, para fazer o trabalho em tecidos escuros e ter bons resultados, a recomendação é que a base do substrato seja mais clara do que a estampa. “Em uma camiseta com um tom verde musgo, por exemplo, seria interessante uma impressão na cor preta, já que outras cores podem não aparecer com clareza ao serem aplicadas com essa cor de base”,explica.

Para grandes formatos e impressão em grande escala, o especialista recomenda substratos com base branca. “Assim, entraríamos com a estampa total nele, criando uma arte completamente preta (se for o caso). Com isso, o tecido ficaria preto devido à tinta da sublimação, como ocorre nos materiais esportivos, abadás de carnaval e outros.”

Para esses casos, ele recomenda, ainda, uma boa tinta e um bom perfil instalado para evitar que a cor não saia marrom, por exemplo, ao invés de preta.

Já para quem trabalha com pequenos formatos, a sugestão do professor é usar os chamados OBM (transfer para têxteis colorido): “um tecido branco de poliéster com uma cola de termo transferência para criar uma base branca em cima de um substrato escuro. Depois, é só colocar o papel com a tinta sublimática e aplicar a estampa”, afirma.  

“Outra opção que utilizo bastante são os filmes de recortes. No entanto, esse processo já não se trata de sublimação de fato, e sim, de uma espécie de vinil adesivo que cortamos em uma plotter para, depois, aplicar com calor e pressão, como acontece com nomes e números de material esportivo.

Outras dicas para conseguir bons resultados

Além das soluções apresentadas pelo professor, a sublimação em tecidos escuros pode ser realizada com o poli film, um papel transfer que deve ser usado em conjunto com uma plotter de recorte. Como ele não pode ser impresso, a criatividade fica mais limitada, no entanto, ele permite reproduzir uma área branca em uma camiseta escura, por exemplo, o que não é possível com um papel transfer.

A grande vantagem dessa técnica está na disponibilidade de cores e texturas.

Outra opção é o PU (poliuretano) Solvente material com fundo branco para ser utilizado em impressoras de grande formato que estão equipadas com tinta solvente ou eco-solvente.

Esse processo, no entanto, tem um custo inicial alto. Contudo, traz algumas vantagens, como o fato de não precisar cortar o transfer a mão e permitir a impressão de desenhos bem grandes.

Quer saber mais sobre a sublimação em tecidos escuros? Participe no campo de comentários abaixo e até a próxima!