“O fotolito é o coração da serigrafia”. Com essa afirmação, Moacir Ferreira, diretor da SilkTV, iniciou sua palestra dentro da “Serigrafia em Ação”, atração da FuturePrint 2019. Abordando os tipos de fotolito disponíveis e as diversas evoluções de material, o palestrante ajudou os presentes a entender melhor as possibilidades. “Um fotolito de qualidade é indispensável para uma matriz serigráfica eficiente”, apontou.

O fotolito é aplicado na tela serigráfica quando ela é levada à reveledadora. Sua função é bloquear ou permitir a passagem da luz UV, que cataliza a emulsão da tela e torna as partes necessárias em insolúveis em água, permitindo a impressão. “É o fotolito que bloqueia a passagem da luz, garantindo a qualidade da área aberta na matriz serigráfica”, explicou.

Tipos de fotolito e como escolher o ideal

Ferreira listou alguns tipos de fotolito utilizados para serigrafia ao longo dos anos.

  • Filme rubi – processo artesanal que recortava os filtros com estilete. A cor vermelha do filme bloqueava a passagem dos raios UV, mesmo sendo transparente a olho nu;
  • Papel vegetal – impresso em impressora laser, esse material é útil mas acaba deformando e absorvendo umidade;
  • Laser film – filme de poliéster impresso na impressora laser , não absorve umidade e não deforma com o uso
  • Image setter – considerado a melhor opção disponível, era muito utilizado pela indústria gráfica, por ser durável e lavável. Porém, é difícil encontrá-lo hoje no mercado. Com o uso de CTP das indústrias gráficas, a oferta de image setter.

Com vantagens e desvantagens em todas as versões, o palestrante reforçou que é preciso ser flexível. “Você tem que começar com o recurso que tem a mao, mas é preciso evoluir constantemente para sempre melhorar a qualidade da matriz”, apontou.

Impressoras jato de tinta e novas possibilidades para fotolitos

De acordo com Ferreira, a evolução das impressoras abriu novas possibilidades. “Hoje, as impressoras laser disponíveis nas estamparias não conseguem garantir uma alta qualidade para os fotolitos, pois podem gerar distorções quando impressas”, explica. Por isso, para o profissional, as impressoras jato de tinta são mais eficientes nesse sentido. Embora o custo dos cartuchos seja alto, o consumo de tinta para impressão de fotolitos é mínimo.

“As impressoras jato de tinta imprimem a fio, sem dilatar, deformar, ou manchar. Ou seja, com o filme correto, é possível garantir a alta opacidade do material onde necessário, sem comprometer a transperências nos outros pontos”, defendeu. Para ele, o uso combinado de filme poliéster transparente (que tem fundo azulado)  e impressoras jato de tinta gera fotolitos de qualidade. Além disso, as tintas de impressoras fotográficas costumam receber aditivos que bloqueiam a luz UV, tornando-as ainda mais indicadas para a produção de um fotolito.