Um dos desafios enfrentados pelos empresários é saber como precificar corretamente seus serviços. E essa tarefa se tornou ainda mais delicada com a pandemia causada pelo novo coronavírus. Afinal, muitos fornecedores aumentaram seus preços sob a justificativa de falta ou dificuldade de encontrar matéria-prima e insumos, o que gera a necessidade do reajuste em cadeia até o cliente final para obter lucro ao final do mês, mesmo diante de um momento atípico para todos.

O consultor do Sebrae SP, Felipe dos Anjos Chiconato, esclarece que o “preço é composto por três perguntas: A primeira é: Quanto me custa? – trata-se de um olhar interno, também conhecido como preço mínimo. A segunda é: Quanto o mercado cobra? – para trabalhar o meu posicionamento estratégico, é um olhar para fora da empresa. Por fim, a terceira é: Qual a percepção de valor do cliente sobre o seu produto ou serviço? Isso é influenciável por marketing. Na hora de reajustar os preços, a empresa precisa entender que a justificativa deve vir de uma destas perguntas ao menos”.

É fato que ninguém gosta de ter de passar a pagar mais por qualquer coisa. Portanto, é importante ter a sensibilidade de comunicar a necessidade dos ajustes para os clientes com antecedência e transparência, visando evitar surpresas desagradáveis e desgastes no relacionamento comercial entre as partes.

“É muito importante ter uma justificativa plausível para aumentar o preço, o cliente não é bobo, ele não aceita pagar mais por algo que não melhorou ou que não tenha sofrido reajuste em todos os fornecedores do mercado”, complementa Chiconato.

Uma comunicação transparente ajuda a reduzir a resistência por parte dos consumidores em ter de lidar com o reajuste, e também pode ser interpretada de forma positiva por eles, já que terão mais tempo para se preparar para o aumento e prevê-lo em seu fluxo de caixa.