Em 2020, o e-commerce teve um crescimento vertiginoso logo nos primeiros meses da pandemia de Covid-19. Houve um aumento de cinco vezes por mês na quantidade de empresas que aderiram ao comércio eletrônico, segundo Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Para 2021, é esperada uma expansão de 32% no comércio eletrônico. Em um cenário tão competitivo, é fundamental saber como criar um e-commerce de forma estruturada para vender na internet e crescer.
E-commerce: é melhor vender na internet por marketplace ou loja online própria?
Para Rodrigo de Oliveira Neves, presidente da regional de São Paulo da ABRADI (Associação Brasileira dos Agentes Digitais) e também CEO e fundador da VitaminaWeb – produtora digital com projetos realizados para as principais marcas do País -, a resposta correta é: as duas coisas. Segundo Rodrigo, “ter o seu próprio e-commerce, mesmo que sejam em plataformas mais simples, é importante para gerar credibilidade, além de ser possível trabalhar margens melhores”.
Por outro lado, ele pondera que “o marketplace oferece visibilidade para a loja e, consequentemente, pode impulsionar a venda de produtos. É a famosa analogia de você abrir uma lojinha em uma rua do seu bairro, onde passam pessoas específicas, ou abrir a loja em um shopping que tem um volume grande de clientes, onde a possibilidade de venda aumenta. Porém, as taxas são altas e você precisa trabalhar muito a precificação e margem do seu produto para não ter prejuízo”.
Mas, para quem optar por ter a própria loja online, Neves faz um alerta para evitar aborrecimentos depois que adotar uma plataforma de e-commerce. “A primeira coisa a fazer é “escolher uma que atenda aos requisitos do negócio e que caiba no orçamento. No início de um e-commerce, você tem que manter o foco nos produtos, atendimento e marketing”.
Ele explica que “a maioria das plataformas que denominamos como ‘start’ (plataformas para iniciar o e-commerce) possuem as funcionalidades padrões e básicas para você começar a vender na Internet. Vai ser natural no futuro querer novas funcionalidades e talvez migrar de plataforma. Então, talvez escolher uma plataforma que ofereça facilidade para essa migração seja uma opção adequada”. Veja alguns requisitos básicos que uma plataforma de e-commerce precisa ter:
- Ajuste automático para tela de celular, tablet ou computadores;
- Recuperação de carrinho de compras abandonado;
- Integração com marketplaces;
- Integração com WhatsApp;
- Possibilidade de integrar intermediadores de pagamento, como Pagseguro e Paypal;
- Possibilidade de criar ações de e-mail marketing;
- Relatório de vendas;
- Relatório de clientes;
- Estoque de produtos.
Ter presença em redes como Facebook, Instagram e Pinterest ajuda no e-commerce?
Neves considera que é importante ter presença nas redes sociais, pois “ajuda na credibilidade e no engajamento. Porém, não é necessário estar em todos os canais, mas sim naqueles onde o seu público está. E se escolher utilizar um canal, faça-o de forma planejada, constante e dê um rápido retorno às interações dos usuários.
Para gerar audiência para as redes sociais e atrair o público desejado para aumentar as chances de fazer novos negócios, Neves diz que “a primeira coisa a ser feita é ter uma rotina e planejamento de produção de conteúdo que tem a ver com o público. Utilizar hashtags e abusar da criatividade”.
Ele diz que “a prática de promoções, sorteios e enquetes ajuda a aumentar a audiência principalmente se estiverem alinhadas a uma estratégia de impulsionamento de postagens. Ou seja, de pagamento para que o seu conteúdo seja exibido para outras pessoas e não apenas os seus seguidores”.
Você não deve “criar um canal apenas por criar, criar um canal e abandoná-lo, criar um canal e não dar um rápido retorno às interações do usuário”, diz Neves. “Você precisa ter canais digitais nos quais consiga, realmente, produzir conteúdo relevante. E quanto mais canais abrir, mais dinheiro, mais pauta e mais trabalho”.
“Replicar conteúdo de um canal para o outro nem sempre é a melhor escolha. O conteúdo tem que ser criado para aquele canal específico, o que dá trabalho. Por isso, selecionar os canais ideias é uma estratégia muito mais coerente do que se fazer presente em tudo quanto é mídia digital”, conclui.
Como vender na internet por marketplace?
É muito fácil fazer e-commerce em marketplaces como Mercado Livre e OLX. Basta acessar o site, cadastrar-se e seguir as instruções da própria plataforma para anunciar o que você pretende vender. Cada uma delas tem especificidades. Mas, de forma geral, a parte de anúncios, pagamentos e entrega de produtos pode funcionar da seguinte maneira:
- Anúncios – dependendo do marketplace, é possível publicar um número limitado de anúncios gratuitos ou contratar um plano profissional. Em outros, existe uma tarifa se você quiser dar destaque para o anúncio ou, dependendo do anúncio, uma tarifa a ser paga depois que a venda é feita;
- Pagamentos – geralmente, os compradores fazem os pagamentos nas plataformas disponibilizadas para isso pelo marketplace, o que dá mais segurança tanto para quem vende quanto para quem compra. Mas, em alguns, o vendedor pode receber o pagamento diretamente se desejar;
- Entrega dos produtos – os marketplaces também oferecem suporte para a entrega dos produtos. Em geral, por meio de convênio de tarifa reduzida com os Correios ou de porte pago pelo comprador;
Como vender na internet por loja online?
Existem várias questões que devem ser consideradas, como a escolha da plataforma de e-commerce para a sua loja online, onde ela vai ficar hospedada, qual vai ser o domínio dela (endereço eletrônico) e requisitos de segurança.
Domínio e hospedagem – há vários provedores onde, além de contratar a hospedagem, você pode comprar o domínio no mesmo pacote. Mas, ao escolher um dos planos, leve em consideração o seguinte:
- Espaço em servidor – quanto mais informações e imagens colocar na loja, mais espaço de servidor é necessário;
- Limite de tráfego de usuários – verifique também se há limite de tráfego. Se houver, a loja ficar indisponível quando ele for atingido;
- Suporte técnico – veja ainda se o plano dá direito a suporte 24h para qualquer eventualidade.
Segurança – o site da sua loja online precisa estar protegido por um certificado SSL, que criptografa todas informações dos usuários, inclusive nas transações de compra. Até porque as operadoras de cartão exigem que exista um instalado para, então, integrar o sistema delas ao da loja online.
- Atenção ao certificado SSL – praticamente todos os provedores de hospedagem têm planos com certificado SSL incluído.
Plataforma de e-commerce – analise tanto as funcionalidades destinadas para os usuários como as funcionalidades para a gestão da plataforma, tais como:
- Funcionalidades para o usuário – por exemplo, como os produtos e as informações sobre eles podem ser exibidos;
- Funcionalidades para o gestor – avalie como é feita a gestão da plataforma, a adição de imagens e textos, além do gerenciamento de vendas, pagamentos e estoque.
Integração – na medida em que o seu e-commerce cresce, você pode precisar de novas funcionalidades. Então, verifique se as plataformas que você pesquisar podem ser integradas a outras ferramentas e quais são elas, por exemplo: ERP (sistema integrado de gestão empresarial), e-mail marketing e publicidade.
Legislação de e-commerce – informe-se sobre todas as normas para a contratação de comércio eletrônico, que são regulamentadas pelo Decreto no 7.962, de 15 de março de 2013[PC1] .
Veja algumas opções de plataformas para você criar uma loja online e começar o seu e-commerce de forma rápida e descomplicada:
Tray [PC2] – a plataforma oferece soluções para diversos segmentos de negócio, com planos e preços de acordo com o nível: iniciante, básico, avançado, profissional e exclusivo. Possui ferramentas de e-mail marketing, frete, integração com ERPs, meios de pagamento e integração nativa com 18 marketplaces. A Tray tem ainda a Escola de E-commerce, que disponibiliza conteúdos sobre empreendedorismo, marketing digital, vendas online e nichos de negócios.
Loja VirtUOL[PC3] – a plataforma tem soluções para negócios de qualquer tamanho e não precisa ter conhecimentos técnicos. Há diversos pacotes com preço acessível que podem ser contratados de acordo com a quantidade de produtos que você irá vender. Tem tutorial com passo a passo para abrir a loja online e uma central de respostas para dúvidas mais frequentes dos usuários. Mas o UOL também oferece uma opção ainda mais acessível, a Lojinha VirtUOL[PC4] , que é uma loja virtual 100% gerenciada pelo celular de forma simples.
Shopify[PC5] – plataforma de e-commerce voltada para negócios pequenos e médios de qualquer nicho. Além da criação da loja online, ela oferece ferramentas gratuitas para o negócio, como criador de logo, gerador de nomes para empresa, gerador de slogan, gerador de nome de domínio e gerador de código QR. Também disponibiliza guia com passo a passo para abrir uma loja online e uma central de ajuda, inclusive com vídeos.
Como vender na internet pelo Facebook, Instagram e Pinterest?
Facebook – para criar uma página para a sua loja no Facebook, antes de mais nada, você precisa ter uma conta pessoal na rede. Entre nela e, no menu superior, clique em “criar”. Abrirá um submenu, onde uma das opções é “página”, clique nela. Você precisa informar um nome, selecionar a categoria e completar as informações solicitadas. Depois de criar a página, é só configurar nela uma seção de loja online.
Instagram – a rede vai funcionar como uma espécie de vitrine da loja virtual que você criar no Facebook. Pois é para lá que as pessoas serão encaminhadas ao clicar nas imagens dos produtos no Instagram. Mas, para isso, a sua conta no Instagram também precisa ser profissional e é necessário conectar as contas das duas redes. Para isso, acesse a conta no Facebook, vá em configurações e acesse a opção “central de contas”.
Pinterest – você pode usar a rede como um mostruário, criando uma conta business para publicar um “pin” para cada produto que vender e colocar link nele para a sua loja online própria. O que ficou mais fácil com uma nova funcionalidade anunciada em abril de 2021 pelo Pinterest, que é a expansão da rede para o e-commerce por meio de uma parceria com a Shopify. Com isso, será possível colocar toda a vitrine da loja no Shopify no Pinterest com três cliques apenas.
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