No segundo dia da Future Print 2025, que aconteceu nesta quinta-feira (17), o Fórum FuturePrint foi palco do OOH Day, já consolidado na programação da feira como o principal lugar para se tratar das principais tendências e novidades sobre tudo que gira em torno do universo de Out of Home.

Neste ano, com Wilson Nogueira Júnior, Diretor Executivo da SEPEX SP, como presidente da mesa, o tema das palestras foi a digitalização do Out of Home com o uso do LED e as transformações causadas pela tendência nos espaços urbanos.

O OOH Day contou com painelistas de peso, que são autoridades há anos em suas respectivas áreas. Cada um trouxe insights ricos sobre o OOH 4.0, caracterizado pela crescente digitalização de peças, porém, com forte presença de painéis estáticos pelas cidades.

A seguir, confira alguns dos momentos mais impactantes da atração!

O Futuro do OOH é digital, mas sem deixar o estático

O primeiro dos painelistas da atração foi Leandro Formigone, CEO da AMPLILUME. Seguindo a temática de inovação, porém, reconhecendo que ainda muitos do setor podem não estar totalmente à bordo com os LEDs, Leandro explicou que “o LED não veio para substituir o estático, mas sim complementá-lo”. Opinião, que mais tarde, também foi compartilhada pelos outros palestrantes do dia.

Por mais que, o potencial dos painéis de LED seja imenso graças à sua versatilidade, sua implementação no mundo da publicidade ainda é lenta. Segundo dados levantados por Formigone, 80% do inventário de OOH do mundo ainda é estático, o que se pode dar por vários motivos.

No caso do Brasil, especificamente, ainda são muitos os municípios em todo o país que não possuem a infraestrutura necessária para fazer as instalações de peças Digital Out of Home (DOOH), com falta de capacitação técnica. Essa dificuldade também se apresenta em locais com proibições às instalações de anúncios publicitários desse tipo, como é o caso na cidade de São Paulo, devido à lei Cidade Limpa.

Porém, até que o DOOH possa ser mais difundido no mercado, há diversos cenários onde o uso do Out of Home tradicional se apresenta mais eficaz.

“Com o digital você pode contar toda uma história, colocando um vídeo, por exemplo. Você quer que a pessoa seja capaz de olhar para seu anúncio por mais tempo, por isso, eles são melhores em cruzamentos com semáforos demorados, por exemplo”, explica Formigone. “Já painéis estáticos podem ser melhor utilizados em lugares que justamente não há como manter a atenção por muito tempo, como autoestradas. Por motivos assim que acredito que o estático nunca irá verdadeiramente desaparecer”, complementa.

A importância dos distritos de mídia pelo mundo

Quem também estava presente no palco era Sérgio Rizzo – um dos curadores do Led Pavilion da Future Print – que seguiu explicando sobre a Cidade Limpa, a qual Formigone havia mencionado e expandiu a discussão sobre o tópico em sua própria palestra.

Durante sua fala, Rizzo apresentou diversos distritos de mídia existentes no mundo, com imagens e explicando brevemente a história e, mais importante, o impacto social de cada um em suas sociedades.

Esses distritos são espaços como a Times Square, nos EUA, o Piccadilly Circus, na Inglaterra e Shibuya Crossing, no Japão, famosos por serem regiões urbanas com intenso fluxo de pessoas todos os dias e que são recheadas de anúncios OOH por todos os cantos.

Distritos de mídia atraem marcas de nível global em grandes metrópoles, o que, segundo o palestrante, tornaria São Paulo um local ideal para se ter um distrito assim. Para Rizzo, o governo poderia sugerir a criação de um espaço na cidade dedicado para publicidade OOH, como é o caso em Seoul, na Coréia do Sul, fazendo o que seria uma espécie de “compromisso” com a lei Cidade Limpa.

“O que falta o Estado ver é que não somente isso atrairia muito dinheiro, mas vai muito além disso: distritos assim são marcas da cidade e parte de sua identidade. Algo assim seria riquíssimo para a cultura e para o turismo de São Paulo e, quem sabe, teria o potencial de expandir isso para o resto do Brasil, eventualmente” concluiu Rizzo.

Arte Urbana com OOH

Seguindo uma abordagem semelhante à ideia do OOH como arte urbana, Baixo Ribeiro, fundador da Choque Cultural, autoridade no assunto, trouxe ao palco um case realizado em parceria com o Morumbi Shopping, que mistura escultura e LED para fazer uma arte diferenciada em uma região de grande movimento.

“O intuito da arte é que ela não está aqui para vender em primeiro lugar, mas sim transformar o espaço ao seu redor e trazer impacto social”, comentou o especialista em arte urbana. Para ele, as marcas que melhor dominarem essa linha tênue entre arte e publicidade, utilizando o digital quando possível para obras ainda mais elaboradas, poderão crescer exponencialmente daqui para frente.

Para saber mais sobre o projeto em parceria com o Morumbi Shopping, confira a matéria da FuturePrint Digital.

OOH 4.0: tecnologia e inteligência de dados

Para finalizar o OOH Day, o Fórum recebeu uma mesa com a presença de três nomes importantes do mercado: Fabi Soriano, Diretora Executiva da Central Outdoor, André Mendes, VP de OOH da THE LED, e Yuri Berezovoy, CTO da RZK.

Os três retomaram o ponto levantado ainda no começo por Formigone, reforçando a ideia de que o OOH 4.0 será, de fato, um “mix” entre o digital e o estático.

“Ainda falta mais capacitação para que tenhamos o LED mais bem integrado no Brasil como um todo, devido à grande desigualdade tecnológica, mas já podemos ver esse crescimento acelerado em empresas do mundo todo que têm investido na tecnologia”, declarou Soriano. “Por isso é tão importante estarmos em um espaço como a Future Print, para justamente trazermos mais conscientização e ideias para tanta gente nova começando no setor”.

O presidente da mesa, Wilson Nogueira Júnior, se mostrou grato por mais uma edição do painel na feira e deixou um recado para àqueles que buscam começar na área: “estamos crescendo”!

“Posso ser suspeito para falar, mas o Out of Home tem possibilidades praticamente infinitas. Basta olhar para o resto da feira e ver quantos exemplos legais de painéis e arte que nós temos. É muito mais que só colocar um outdoor em qualquer ponto da cidade”, explica Nogueira.

“Se você vier para o Out of Home agora como empreendedor, pode ter certeza que chegou na hora certa e que vai poder crescer muito ainda aqui. Basta se manter de mente aberta e seguir aprendendo”, finaliza.

No espírito do OOH Day, os painelistas fizeram um convite para que os visitantes passem pelo LED Pavilion enquanto estiverem na Future Print, para acompanhar de perto e com detalhes alguns dos melhores exemplos de como o LED e o estático coexistem e podem criar muito mais que publicidade, podem criar arte!

Ainda dá tempo! Participe da Feira FuturePrint e visite o LED Pavilion!