Estamos na era da informação há algum tempo. Somos bombardeados com notícias, anúncios, o tempo todo, em todas as telas. Textos, vídeos, cores, imagens e blá blá blá. É um falatório sem tamanho em nossas mentes inquietas. Em um momento você tira os olhos do alto brilho e vai para a rua – para o trabalho, para o médico, o mercado, a farmácia, a casa do amigo e até para os restaurantes as pessoas já retornaram – e dá de cara com ele: o grito! Um 9×3, um 10×4, um 25×8. Um grito de imensas proporções que colore as ruas e avenidas. Não tem como passar despercebido. Não tem como rolar a telinha com seu dedinho ansioso.

Um grito na parede! Dessa forma o mestre Dorinho Bastos definiu o outdoor em um webinar realizado pela Central de Outdoor para associados, agências e estudantes. De fato, é um grito no meio de todo o falatório, com infinitas possibilidades de criação. Fala muito, falando pouco. Fala alto, grita e chama a atenção de quem estiver na frente.

O brilhantismo da criação publicitária no outdoor viralizou campanhas inesquecíveis das quais até hoje nos lembramos como autênticas obras de arte. Quem não se lembra da manga e o caroço que a Almap colocou na rua para Kibon, em 1994? Ou o lançamento da Dunkin Donuts no Brasil, pela DM9, em 1991?

Hoje os grandes formatos aliados a inovação e a tecnologia ampliam ainda mais as possibilidades de agências viralizarem fantásticas criações e darem um mega fone ainda maior aos quadros que gritam nas ruas deliciosamente ao ouvido dos consumidores, ávidos e carentes do encantamento que a publicidade já lhes causou.

Nós, apreciadores da arte na publicidade brasileira, rogamos para que a inspiração dos criativos, casada com a racionalidade do planejamento e dos mídias – mídias que conhecem verdadeiramente a mídia e sabem que o outdoor tem um CPM baixíssimo e que as métricas de audiência certificam o curioso e imenso público nas ruas – traga para as ruas as obras de arte que engrandecem a publicidade, que enfeitam a cidade e ainda botam de volta o dinheiro no bolso dos anunciantes. Amém.

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