As retículas Greyscale da Serigrafia tem tamanhos de pontos variáveis
para representar as passagens tonais do claro para o escuro, nas quatro zonas
da imagem impressa: Altas Luzes (tonalidades de 1 a 25%), Médias Luzes (26% a
50%), Sombras Médias (51 a 75%), Sombras (76% a 100%). Na impressão digital o
esquema segue igual, com uma diferença: as cabeças jato de tinta, combinando
recursos de softwares (Drivers – Controles eletrônicos carregados na placa mãe)
e softwares RIP e Perfis de Cores traduzem os algoritmos matemáticos dos
arquivos e dos pixels do monitor para quantidades de tintas CMYK simples ou “CMYK
Estendidos (CMYK-n, ou no Photoshop, Cores Indexadas).
Imagine um dosadora eletrônica de pigmentos em uma casa de tintas que
prepara cores sob demanda. Impressoras trabalham sob o mesmo princípio, porém,
dosando cores em gotas de tamanho nano, medidas em picolitros. Cabeças de
impressão de escala de cinzas com ponto variável (Greyscale de até oito
tamanhos de ponto) criam a sensação de realidade nas imagens ejetando até 8
tamanhos de nano gotas de tinta. (1
picolitro = 12 microns, ou 1000 nanolitros = 0.000.001 de 1 ml) formam
imagens bastante semelhantes ao que vemos na natureza. Se fôssemos fazer uma
correspondência de resolução entre uma impressora jato de tinta de hoje com a
Serigrafia, teríamos que utilizar uma tela serigráfica de muitos fios, no
mínimo 250 fios. Porém, para reproduzir imagens sensacionais na Serigrafia uma
tela de 150 fios já está OK, contando que o olho humano percebe padrões de
imagem (no caso, retículas) com uma certa limitação ditada pela distância e o
tamanho do impresso.
Controle das impressoras digitais e da
Serigrafia
A informação que permanece cifrada está carregada e reservada no
background de equipamentos e programas, acessórios e consumíveis digitais que
usamos. Ao comprador de um equipamento é entregue a interface de usuário e
baixo poder de entrada de dados de programação. Isto ocorre na venda de uma
impressora digital que é vendida junto com as parcerias reunidas no kit de
hardware, software e consumíveis. O princípio do negócio é embarcar em um só
sistema um conjunto colaborativo e simbiótico de parceiros que contribuem cada
um com sua parte de conhecimento e produtos – mecânica da impressora, cabeças
de impressão, tintas, programas, etc… Em resumo, o usuário cumpre rotinas
padronizadas e preestabelecidas pelo sistema e seus embarcados.
Particularidades
das tintas e cores de impressão Inkjet / Serigrafia
Inkjet
– A tinta ejetada é mínima comparada com a Serigrafia
1×1 metro de imagem pode conter
20.000.000.000 de gotas que variam de 12 microns (1 picolitro) a mais de 900 microns (80 picolitros). Isso significa uma média de 12 ml de tinta
depositada em uma imagem super cheia.
Estoque de poucas
cores de tintas
A imagem e a cor são formadas na superfície do substrato, em tempo real
com a impressão e dispensa de cozinhas de tintas e coloristas tradicionais. Na
Serigrafia o estoque de pigmentos gira em torno de 13 cores.
A reprodução de Cores Spot (Cores não
constantes do CMYK)
Impressoras com
menos de 7 cabeças de impressão não reproduzem cores complexas, spot e escuras
com exatidão. Indiferente de custo, impressoras CMYK mais simples conseguem
reproduzir cerca de 70% das cores dos catálogos de referência do mercado,
principalmente na impressão de corantes Reativos. Corantes de sublimação,
Ácidos e Pigmentos, dentro de seus espaços, reproduzem cores com mais
facilidade.
Idade das cabeças de impressão
O envelhecimento das
cabeças de impressão inutiliza progressivamente as configurações e perfis de
cores.
Topografia, peso e composição dos
tecidos
O conjunto pesa mais
na qualidade da impressão DTF e DTG do que na serigráfica têxtil. Pré
tratamentos, tintas, equipamentos e programação de passadas de impressão bem
adaptados à engenharia das cabeças de impressão e perfis de cores melhoram o
controle desta limitação. A rigor, para cada grupo restrito de tecido é
necessário ajustar um perfil de cores escolhido entre 2 a 4 passadas de
impressão.
Ganho de
ponto na impressão de corantes
Composições de viscose com elastano, algodão
e outras fibras naturais principalmente tecidas em malhas, sofrem com alto
ganho de ponto (dot gain = borrão de contornos e alastramento de pontos
impressos para além de seus limites). Este é o principal problema que o pré
tratamento deve resolver. Na serigrafia têxtil rotativa o Ganho de Ponto e a
Perda de Ponto (Loss dot – falta de pontos por entupimento ou crise
de relacionamento do ponto impresso com a superfície dos tecidos) são muito
frequentes e de maior proporção.
Administração
da impressão digital
No mundo digital as práticas organizacionais,
5S e outros recursos relacionados ao ambiente de trabalho devem primar pela
perfeição. Traduzir as imagens e seus parâmetros de resolução, definição e cor
para comandos de impressão é a parte mais difícil da estamparia digital. Esta
tarefa cabe
aos desenhistas técnicos e operadores do sistema.
Na Serigrafia o acesso mais aberto e a
proximidade dos pontos de controle do processo, facilitam o controle geral,
apesar de agregar mais tempo e ações operacionais.