Estamos passando por momentos tensos no ponto de vista econômico. Inflação alta não só aqui, mas também em todo o mundo (vide os Estados Unidos), país ainda em pandemia com um alto número de mortes, a guerra entre Rússia e Ucrânia (que geram sanções econômicas e muitas incertezas), crise política e eleição no Brasil (o que gera mais incerteza ainda), desemprego elevado, perda da capacidade de compra por boa parte da população e assim vai.
Manter a saúde financeira do seu negócio passa a ser um grande desafio. O que funcionou até ontem, hoje, não funciona mais. É preciso se reinventar e aprimorar o que já era bom.
E, como diria minha amiga Fernanda, “com o mato verde qualquer gado pasta, mas manter o gado gordo com o pasto amarelo é o que te diferencia!”
Diante desse contexto, algumas ações são fundamentais para garantir a saúde financeira do seu negócio. Confira as dicas:
Mantenha uma boa gestão do fluxo de caixa
Não vai haver espaço para aquele empreendedor que fica apenas olhando o que vai acontecer na semana. É preciso ampliar o período de análise, por isso, na ferramenta do fluxo de caixa, o ideal é olhar o período mínimo de 30 dias à frente, ou o seu maior período de pagamento/recebimento.
Avalie o negócio através do Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE
O Demonstrativo de Resultado do Exercício é a única ferramenta utilizada para avaliar o resultado do seu negócio, que é o seu maior aliado no processo de tomada de decisão.
Trabalhe com o planejamento financeiro
Essa é uma etapa importante, então faça o planejamento financeiro de forma a ter orçamento para executar e tentar cumpri-lo.
Não misture PF com PJ
Não cometa o grande erro de ter uma “empresa pobre e um empresário rico”, também conhecida como a mistura da pessoa física com a pessoa jurídica.
Ou seja, não podemos nos enganar em achar que podemos tirar o quanto queremos ou o quanto sobra da empresa. É necessário ter um salário (remuneração fixa) independente do desempenho do negócio e compatível para a atividade que realiza e o porte da empresa.
Recomponha ou crie um fundo de emergência
Esse dinheiro guardado (ou aplicado) será fundamental para os momentos de imprevistos. Garantir o fundo de emergência é mais difícil de se alcançar, pois, para realizá-lo, é preciso operar com lucro, destinando parte dele para isso.
Caso perceba que não vai conseguir honrar algum dos compromissos, tome a iniciativa, converse com o credor e busque ampliar prazos, reduzir o valor do endividamento no curto prazo — em outras palavras, renegociar.
Entenda que cada decisão vai gerar um impacto diferente e, quanto antes conseguir verificar que o caixa poderá sofrer por falta de dinheiro, antes você poderá começar a pensar em alternativas para resolver o problema.
Caso queira acompanhar um pouco mais do meu trabalho, fique à vontade para me seguir no Instagram: @chiconatof.
Felipe Chiconato atua há mais de 11 anos com orientação e gestão de negócios. É especialista em Finanças Empresariais e Planejamento Estratégico. É bacharel em Administração, MBA em Gestão Financeira Avançada pela Universidade Paulista e pós-graduado em Gestão de Micro e Pequena Empresa pela Fundação Getúlio Vargas. Felipe também é criador de conteúdos e atua como palestrante em diversas feiras e eventos, como a Future Print, Feira do Empreendedor do SEBRAE, entre outras.
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