Artigo BY Driven.cx

Há tempos fazer compras não se resume a procurar por shoppings e lojas de rua. Ao longo dos últimos anos, ecommerces e marketplaces têm crescido e se tornado a preferência de muitos consumidores brasileiros, principalmente os jovens que já nasceram com um smartphone na mão. A pandemia da Covid-19 trouxe uma nova realidade, com consumidores comprando mais de lojas virtuais. Um relatório produzido pela Adyen mostrou crescimento de 40% em compras online no primeiro trimestre deste anoum número impulsionado pelo distanciamento social. 

Mas ainda há desafios que precisam ser superados para uma maior disseminação das compras via ecommerce. O medo de fraudes, desconfiança em relação aos produtos, dificuldades para realizar eventuais trocas ou devoluções e a resistência e compartilhar informações pessoais são algumas das barreiras geralmente citadas por consumidores para a compra online. É especialmente importante se atentar a isso em períodos de grandes volumes de venda, como na Black Friday e no período de vendas para o Natal.  Como solução, lojistas e prestadores de serviço estão investindo em tecnologia e procurando parceiros de confiança para encontrar um equilíbrio confortável para a operação. São investimentos que trazem retorno. De acordo com a consultoria McKinsey, após a adoção de iniciativas focadas em risco digital, empresas podem ver uma redução de custos de 20 a 30%.

 Mas os problemas trazidos por eventuais problemas de segurança não levam apenas custos financeiros para quem vende online. Além disso, há também a perda de confiança dos consumidores na marca, um impacto difícil de ser mensurado e muito difícil de ser revertido. 

 De olho nessa questão sensível, trazemos quatro soluções que deixarão os pagamentos online mais seguros. Veja a seguir.

 Tecnologia para dizer menos “não”

 O machine learning está revolucionando a prevenção de fraudes ligadas a pagamentos digitais, analisando milhares de operações em tempo real. Graças a esta tecnologia, um sistema automatizado ganha a capacidade de ser mais preciso a cada pagamento online processado. 

 O algoritmo de inteligência artificial cria um perfil de cada consumidor analisando todas as transações feitas por ele. A partir daí, fica mais fácil tanto para a empresa quanto para a equipe de gestão de risco identificar quais ações são usuais e quais são suspeitas e devem ser investigadas a fundo.

 O resultado são menos transações bloqueadas sem motivo, um aumento de faturamento, e, de quebra, mais fraudadores identificados e bloqueados.

 Segurança sem barreiras

 Varejistas se movimentam para reduzir riscos da operação e, ao mesmo tempo, valorizar a experiência do cliente. O protocolo 3DS Secure 2.0 é a solução mais completa disponível no mercado para alcançar essas metas.

 A plataforma da Adyen, por exemplo, usa mais de 100 campos de informação sobre o usuário. Com análise de dados como nome e endereço até histórico de compras e valor médio gasto, a autenticação é concluída quase sempre sem nenhum atrito.

 Se uma verificação for eventualmente necessária, o processo acontece por diferentes formas, como biometria ou código via SMS, de forma pouco invasiva para o consumidor. Isso também dispensa que ele tenha que digitar a senha do cartão, o que pode levar a uma sensação de insegurança e ao abandono do carrinho.

 Testar sempre

 Altos índices de fraudes e taxas de chargeback (as compras não reconhecidas pelo consumidor) indicam que é hora de rever a calibragem do perfil de risco usado para reconhecer possíveis ameaças. Esse perfil consiste em uma série de parâmetros definidos para gerar alertas para compras não legítimas. Algumas informações usadas nesse processo são a localização do comprador, os dados do cartão de crédito e mesmo o histórico de compras feitas por aquele consumidor.

 Um bom teste é criar um perfil com diferentes pesos para cada uma das características analisadas. Depois disso, é só testar o novo perfil em uma parcela pequena do total de transações. Caso seja observada uma queda na taxa de chargebacks, por exemplo, essa configuração pode ser adotada progressivamente para ver se os resultados continuam a melhorar.

 Diálogo constante

 Quanto mais comunicação, menos espaço para falhas. A dica tem cara de relacionamento com o cliente, mas também é uma ferramenta valiosa para gestão de riscos. É importante lembrar que a jornada de compra online não termina no momento em que o consumidor clica no botão “pagar”.  Atualizar constantemente o consumidor sobre o status do pedido é uma estratégia para se aproximar dos clientes, mas também assegurar a legitimidade da transação.

 Pagamento aprovado. Pedido em preparação. Produto pronto para a entrega. Cada alerta por e-mail ou SMS é uma chance de o usuário perceber uma fraude mais rápido, um ganho de tempo que diminui consideravelmente as perdas financeiras de quem vende.